O empresário apucaranense Luis Bertoli é uma pessoa que se orgulha de suas raízes. Dono da transportadora Trans Apucarana, Bertoli nasceu e cresceu na região rural do distrito de Correia de Freitas, na fazenda de sua família. (Assista entrevista no fim da matéria)
“Eu me orgulho de dizer que eu trabalhei na roça, que fiz muitos serviços no campo, e só saí de lá para servir o Exército”, conta.
Luis Bertoli após sair do Exército, trabalhou no Departamento de Estradas de Rodagem (DER), onde conheceu o mundo da logística que mais tarde faria parte de sua vida em definitivo.
Após o DER, Luis Bertoli realiza um sonho se tornando policial militar. As lembranças dessa época são marcantes para ele.
“Eu gostava de ser PM, embora fosse um trabalho muito perigoso. Enfrentei dois assaltos onde houve tiroteios, trocando tiros com os bandidos”, recorda.
Um desses assaltos, segundo conta, foi bem marcante em Apucarana.
“Naquele tempo, o pagamento nas empresas era feito em dinheiro. E eu estava levando o funcionário de um banco que ia pagar os trabalhadores do antigo FrigoSanto. Estávamos levando muito dinheiro”, conta.
A caminho da empresa, a viatura foi abordada por bandidos, que iniciaram uma troca de tiros com a Polícia Militar (PM).
“Estávamos com o pagamento e o 13º dos funcionários. Na troca de tiros, um dos bandidos tombou morto, e o homem que trabalhava no banco tomou um tiro de raspão. Mas, nós conseguimos salvar o dinheiro”, pontua.
No entanto, ele saiu da PM por conta da necessidade de ajudar sua família na propriedade rural.
“Meus pais precisavam de ajuda para administrar a fazenda. E após uma conversa com meu pai, eu decidi sair da PM e fui ajudá-los”, conta.
Em seguida, Luis iria começar sua vida de caminhoneiro fazendo transportes para a Caramuru Alimentos de Apucarana para São Paulo e Rio de Janeiro, com o seu caminhão Mercedes Benz 1113 azul.
“Chegou um ponto em que precisávamos de dinheiro para pagar os bóias-frias que trabalhavam na nossa fazenda. Foi então que eu comprei um caminhão e comecei a fazer fretes para, com esse dinheiro, pagar os funcionários”, recorda.
Nos retornos para o Paraná, ele ia ajeitando as cargas variadas que seguissem para a região. As viagens de caminhão foram rendendo, e com isso surgiu o sonho de Luis Bertoli montar sua própria transportadora. Nascia a transportadora Trans Apucarana – Transportes Rodoviários.
“Escolhi dar o nome de Trans Apucarana para a empresa, pois somos daqui e sempre tive muito orgulho da nossa cidade, e hoje levamos o nome de Apucarana para todo o Brasil”, explica.
Luis Bertoli tem seu Mercedez 1113 até hoje. Com mais de 450 funcionários, a Trans Apucarana possui uma matriz em São Paulo e mais 12 filiais nos estados do Paraná e Santa Catarina. São em torno de 150 veículos da empresa e mais 150 caminhões agregados à transportadora, além de um grande número de parceiros.
Bertoli também viu a indústria do boné se desenvolver, pois se lembra que “transportávamos matéria prima do vestuário e depois começamos a levar os bonés pelo Brasil afora”, conta.
Em sua sala, na filial de Apucarana, Luis Bertoli administra a empresa onde trabalha junto de seus dois filhos, ele está sempre atento aos principais fatos da sociedade apucaranense, onde é um agente ativo nas obras sociais.
Bertoli é parceiro de diversas instituições e destina muita ajuda para as que mais precisam.
“Tenho um imenso carinho pelo Hospital da Providência, que procuro ajudar mensalmente, assim como o Lar São Vicente de Paulo, a Apae e tantas outras entidades importantes para o nosso município”, declara.
Assista à entrevista completa:
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