Informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (26), confirmou 1.743 casos de dengue em 14 municípios pertencentes à 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana. O boletim trouxe 469 casos a mais do que o relatório publicado em 19 de abril, que confirmou 1.274 casos.
Arapongas concentra a maior parte dos casos e segue em epidemia com 1.144 confirmações. O município que já tem uma morte pela doença ainda investiga 439 casos suspeitos.
Marumbi é outro município da região em situação epidêmica com 475 confirmações e 70 casos em investigação.
Com 33 casos confirmados, Faxinal continua em situação de alerta, assim como Grandes Rios que registrou 23 casos da doença.
Também registraram casos: Apucarana (31), Bom Sucesso (9), Borrazópolis (7), Califórnia (1), Jandaia do Sul (6), Kaloré (5), Marilândia do Sul (2), Mauá da Serra (3), Sabáudia (3) e São Pedro do Ivaí (1). Apenas Cambira, Novo Itacolomi e Rio Bom não têm casos confirmados neste boletim.
22ª RS DE IVAIPORÃ
Na 22ª Regional de Saúde (RS), Lunardelli está em situação de epidemia com 73 casos confirmados e 60 em investigação. Também registraram casos: São João do Ivaí (15), Ivaiporã (13), Manoel Ribas (6), Ariranha do Ivaí (5), Jardim Alegre (4), Nova Tebas (3) e Arapuã (1), somando 120 confirmações.
ESTADO PASSA DE 30 MIL CASOS CONFIRMADOS
O Paraná registrou 94.344 notificações, 14.340 a mais na comparação com a semana passada. Além disso, são 30.010 confirmações, 6.849 a mais, um aumento cerca de 30% em relação aos números do informe anterior.
Dos 369 municípios que registraram notificações de dengue (92,4% do Estado), 300 já confirmaram a doença (75,1%). De acordo com o relatório, 261 deles confirmaram casos autóctones no período, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência dos pacientes. Nesta semana, não houve registro de nenhum óbito – o total ainda é de cinco, em Nova Esperança, Arapongas, Tapira, Matelândia e Medianeira.
Os dados são do 35º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022.
No dia 19 de abril o Estado confirmou condição epidêmica de dengue por conta dos casos prováveis e confirmados, que estavam acima do esperado para o período epidemiológico. Diante deste cenário e do aumento dos casos, as equipes da Vigilância Ambiental da Sesa se reuniram com gestores municipais das regiões Oeste e Sudoeste para o enfrentamento do surto da doença.
A equipe da Seção de Apoio Logística de Insumos e Equipamentos (Scali), junto com a Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores (DVDTV) e o Núcleo de Vigilância Entomológica de Londrina, está na 6ª Regional de Saúde de União da Vitória para orientações e capacitações quanto ao uso de equipamentos costais motorizados, identificação de larvas e dos principais criadouros para orientação dos agentes de combate a endemias da região.
“Historicamente, nos meses de março, abril e maio são registrados os maiores números de casos de dengue no Paraná. Por isso ainda temos muito trabalho a ser feito e precisamos da atenção de todos para observar o domicílio, remover os criadouros e cuidar do quintal”, enfatizou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
TRANSMISSÃO
As arboviroses (dengue, zika e chikungunya) são transmitidas pela picada do Aedes aegypti. É necessário ficar atento a possíveis criadouros do mosquito e, assim, eliminar esses locais de risco, para evitar a propagação das doenças. É fundamental que a pessoa identifique os sintomas das arboviroses para buscar o serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequado, o quanto antes.