Prejuízos de temporais em Mauá chegam a R$ 2,5 milhões para tomateiros

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 07/11/2022
Pelo menos 50 estufas foram destruídas nos dois temporais que atingiram Mauá da Serra em outubro

Os produtores de tomate de Mauá da Serra, um dos municípios mais importantes na produção de olerícolas no Vale do Ivaí, deixarão de colocar no mercado cerca de 50 mil caixas de tomate por conta dos dois temporais, com vendaval e granizo, registrados em menos de 15 dias de intervalo, no final de outubro. Os prejuízos do segmento, no município, são estimados em pelo menos R$ 2,5 milhões.

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), escritório de Mauá da Serra, fez um levantamento de campo e informa que pelo menos 50 estufas foram totalmente destruídas com os temporais que atingiram a cidade nos dias 17 e 29 de outubro. De acordo com Hernandes Takeshi, o prejuízo estimado de R$ 2,5 milhões, diz respeito às estruturas danificadas e também nas safras perdidas.

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No entanto, os valores das perdas podem ser muito maiores. Cada estufa mede 22m de largura por 100 metros de comprimento, totalizando 2.200 metros quadrados de área. Em cada estuda, em condições normais de produção, o produtor rural pode colher pelo menos mil caixas de tomate por safra. Segundo dados do Celepar/PR, os preços praticados na Ceasa, em Curitiba, no sábado (05), oscilavam entre R$ 60 (tomate rasteiro extra) até R$ 120,00 (tomate longa vida extra), para caixas com 20 kg do fruto. Ou seja, se todo o tomate perdido em Mauá da Serra fosse do tipo rasteiro extra, só as perdas do produto chegariam a R$ 3 milhões, considerando a caixa mais barata comercializada no Ceasa em Curitiba, no último sábado.

Cada estufa custa, em média, R$ 35 mil, para implantação, considerando material utilizado e mão-de-obra aplicada. Só a reconstrução das estufas atingidas pelos temporais pode custar pouco mais de R$ 1,7 milhão, segundo calculam os técnicos do IDR e da Secretaria Municipal de Agricultura.

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Porém, muitos produtores de tomate de Mauá da Serra ainda tentam diminuir o impacto das chuvas, fazendo manejo emergencial para salvar parte das plantas, que ainda podem produzir um pouco. Takeshi destaca que é praticamente impossível calcular quanto da safra ainda poderá ser recuperada.

O secretário municipal de Meio Ambiente de Mauá da Serra e coordenador da Defesa Civil no município explica, Cláudio Neto, explica que a cidade já decretou estado de emergência por ocasião dos temporais e a administração pública espera que a decretação seja homologada em âmbito estadual, o que deve ocorrer entre esta terça-feira (08) e quarta (09). Só depois da homologação da emergência em âmbito estadual, o município vai poder tentar obter a homologação junto ao governo federal, o que permitirá acesso a recursos para a reconstrução, por exemplo.