Pais de alunas que denunciaram um professor de assédio sexual no Colégio Estadual Talita Bresolin, localizado em Califórnia (PR), realizaram um protesto na tarde desta sexta-feira (13) em frente ao estabelecimento de ensino. Com faixas e cartazes, eles pediram justiça e a punição do suspeito. Os pais também cobraram mais segurança na escola e criticaram a postura da direção do colégio em relação ao caso.
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O professor teve o afastamento determinado pelo juiz da Comarca, Gabriel Kutianski Gonzalez Vieira, na quinta-feira (12), em resposta a uma medida cautelar solicitada pelo Ministério Público (MP), representado pelo promotor Carlos Frederico Escocard.
De acordo com informações do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana, foram registradas 19 denúncias contra o docente até o momento. O caso está sob investigação policial e também é analisado pelo Núcleo Regional de Educação (NRE).
“Agora, com o afastamento, a delegacia de polícia dará prosseguimento ao inquérito e, após a conclusão das investigações, os resultados serão enviados ao Ministério Público para avaliação sobre o ajuizamento de uma ação penal”, explicou o promotor.
Segundo relato dos pais, o professor assistia vídeos pornográficos em sala de aula e também assediava as alunas - todas menores de idade - com olhares e toques indevidos.
As mães participantes do protesto se mostraram indignadas. "As nossas crianças estão sendo constrangidas e tendo que calar a sua voz, onde deveria ser acolhida, ouvida e ter seus problemas solucionados", disse uma das manifestantes ao TNOnline.
Outra participante do ato afirma que as mães de alunos também protestam contra a violência dentro da escola, com casos de violência envolvendo estudantes, sem qualquer ação da direção. "A escola quer omitir muito", protestou.
Outra mãe também criticou o ensino integral na escola, afirmando que o colégio não tem estrutura, incluindo falta de alimentos. Ao final das aulas, muitos estudantes "engrossaram" o protesto e participaram da manifestação.
A direção da escola confirmou o afastamento do professor e reforçou que o caso é investigado. A reportagem tenta ouvir a diretora. A defesa do professor não foi localizada.