A colheita do milho segunda safra nos 15 municípios da área do Núcleo Regional da Seab de Ivaiporã deve começar nos próximos dias, e as expectativas são animadoras. Com área plantada de 115.135 hectares, a projeção do Departamento de Economia Rural (Deral) é de que seja colhida uma supersafra. A previsão é de 806 mil toneladas do grão na regional, ou seja, 13.4 milhões de sacas de 60 quilos. Em média 282 sacas por alqueire.
Com os preços de mercado atual R$ 80,40 a saca, e caso as projeções sejam confirmadas o milho safrinha deve movimentar na regional R$ 1.076 bilhão.
Conforme o engenheiro agrônomo Sérgio Carlos Empinotti, do Deral da regional de Ivaiporã, o volume de chuvas está favorável e bem distribuído, diferente da temporada de 2021, quando houve quebra da safra por conta da estiagem e de geadas.
Na época o grão havia sido semeado em 89 mil hectares, sendo colhido apenas 122 mil toneladas, ou seja, 2 milhões de sacas. Comercializado em média à R$ 73,00 a saca, rendeu aos produtores da região pouco mais de R$ 110 milhões.
“De todo o milho plantado hoje 70% está praticamente salvo, em fase de início de maturação, (sem risco de perder com geadas futuras), falta uns 30%, um pouco de floração, final de floração e desenvolvimento vegetativo já acabou também. Pela época de plantio os grãos serão um pouco menores, mas as espigas estão cheias e os grãos estão sadios”.
Ainda segundo Empinotti, é a maior safra de milho safrinha da história da regional. “Com isso o Vale do Ivaí volta a produzir milho como antigamente. Principalmente na questão safrinha, e até mesmo superando os números da safra normal do passado”.
Empinotti acredita que mesmo com a boa produção os preços devem se manter nesse patamar. No longo prazo, o cenário de oferta mundial de milho está apertado e será preciso até três safras para estabilizar o quadro de oferta impactado por quebras de produção como a do ano passado e as incertezas relacionadas ao escoamento da produção da Ucrânia, grande exportador mundial.