Mais de 14 mil na fila de espera por moradia na região

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 30/05/2022
Mais de 14 mil na fila de espera por moradia na região

A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) tem 14.868 pessoas cadastradas na fila de espera por moradia na região. O número engloba 27 municípios pertencentes ao escritório regional do órgão em Apucarana, sendo 26 do Vale do Ivaí e mais Arapongas, que integra a Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar). Por outro lado, a Cohapar conta com atualmente 1.514 casas previstas ou em construção nestas localidades.

A chefe do escritório regional da Cohapar de Apucarana, Elisângela Costa de Araújo, afirma que o número de pessoas na fila de espera não representa necessariamente o déficit habitacional da região, mas é um importante “termômetro” para avaliar a demanda dos municípios e também o perfil dos moradores em busca da casa própria.

Elisângela explica que a lista inclui as pessoas que fizeram o cadastro pelo site cohapar.pr.gov.br/cadastro. “O cadastro de pretendentes é autodeclaratório e tem validade de 24 meses. Pode ser feito pela internet, no computador ou até mesmo no celular”, explica.

Os interessados informam dados pessoais e socioeconômicos, que depois serão filtrados de acordo com os projetos habitacionais disponíveis por município. É possível checar no site da Cohapar (www.cohapar.pr.gov.br/empreendimentos) os empreendimentos previstos, em andamento e concluídos em todas cidades do Paraná. “A seleção é feita pelo cadastro da Cohapar, onde são analisados os projetos habitacionais e as modalidades que as pessoas se enquadram”, explica, acrescentando que os moradores têm a opção de fazer inscrição diretamente no projeto de interesse.

Elisângela frisa que o cadastro vale apenas para a Cohapar. Por exemplo, o sorteio de casas realizado em Apucarana recentemente no Residencial Fariz Gebrim ocorreu a partir do cadastro municipal, referendado pela Caixa Econômica Federal. O “Fariz Gebrim” foi um dos últimos empreendimentos do programa federal “Minha Casa, Minha Vida” do Brasil.

A Cohapar concentra seus projetos habitacionais no Programa Casa Fácil Paraná, que se desdobra em seis modalidades de atendimento: Financiamento (imóveis financiados diretamente pela Cohapar, sem cobrança de valor de entrada e com condições facilitadas de pagamento); Valor de Entrada (concessão de subsídio de R$ 15 mil por família para custeio do valor de entrada em financiamento do governo federal); Viver Mais (conjuntos residenciais para idosos com infraestrutura de saúde, lazer e convivência, cedidos via aluguel social); Morar Legal (regularização e documentação de imóveis urbanos, com a emissão de títulos de propriedade para as famílias); Vida Nova (construção de casas, obras de urbanização, regularização fundiária e ofertas de serviços públicos em assentamentos precários) e Escrituração Direta (emissão de escrituras para mutuários da Cohapar com custos reduzidos e condições facilitadas de pagamento).

Parcerias do Estado com a iniciativa privada

Na região, o maior número de empreendimentos da Cohapar está em Apucarana e Arapongas, as duas principais cidades da área de abrangência do escritório regional.

Em Apucarana, a Cohapar tem três projetos. Um de 106 moradias em parceria com a iniciativa privada na região do Clube de Campo Água Azul, outro de 117 apartamentos no Núcleo João Paulo e um terceiro de 35 casas na Caixa de São Pedro.

Em Arapongas, são cinco módulos do empreendimento Parque Ayala, no Jardim Mônaco, que somam 179 casas; mais 476 moradias do Bem Viver na Estrada da Aliança e 40 unidades para idosos do Residencial Cidade Jardim, do programa Viver Mais.

O número citado pela Cohapar nas duas cidades não é o integral dos empreendimentos, que são viabilizados pela iniciativa privada em parceria com o Estado pelo programa Casa Fácil – Valor de Entrada, que subsidia R$ 15 mil por imóvel.

A chefe do escritório regional da Cohapar, Elisângela Costa de Araújo, destaca também as obras em Jandaia do Sul. São 75 casas de um projeto-piloto de desfavelamento. Neste caso, a demanda é direcionada para os moradores da Favela Santo Antônio naquele município.

Ela também cita que muitos projetos estão sendo realizados em “blocos” em uma parceria com a iniciativa privada. São construções em três ou mais municípios tocadas pela mesma empreiteira. É o caso de moradias em Apucarana (Caixa de São Pedro), Rio Bom e Marumbi e também Arapuã, Ariranha do Ivaí, Lidianópolis, Rosário do Ivaí e Rio Branco do Ivaí. “Esse modelo se torna mais atrativo para as empresas”, afirma.

Por, Fernando Klein