A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, e o deputado estadual e presidente do partido no Paraná, Arilson Chiorato, participaram de duas reuniões com lideranças políticas do Vale do Ivaí, neste sábado (16). À noite eles vão para Foz do Iguaçu, onde participam, neste domingo (17), de um ato pela paz, em memória do tesoureiro do partido naquela cidade, Marcelo Arruda, assassinado durante sua festa de aniversário, por um agente penal apoiador do presidente Bolsonaro.
Gleisi Hoffmann explica que o trabalho é para organizar as pré-campanhas de Lula e Requião, bem como das candidaturas da chapa proporcional. “Estamos fortalecendo os comitês populares de luta, organizando o trabalho não só para vencermos as eleições, mas para ampliarmos o número de eleitos”, disse. Ele espera que o PT faça pelo menos mais dois deputados federais no Estado, com a bancada indo de 3 para 5 eleitos. Já a bancada estadual, o PT espera eleger mais três deputados, indo de 4 para 7 eleitos na bancada.
“A posição política é muito favorável. As campanhas de Lula e Requião representam a esperança do povo brasileiro, do Paraná”, diz a deputada. Para ela, no entanto, a campanha será muito disputada e exatamente por isso é preciso uma boa organização popular com os comitês em todas as cidades e regiões. “Eles virão com mentira e violência porque é assim que entendem e fazem política. Para eles o caminho é o do ódio e de eliminação do outro. Nós queremos paz na política e apostamos na organização popular para fazer o enfrentamento. O ódio não pode nos dar a orientação para o trabalho”, afirma Gleisi.
Para a deputada, desde a redemocratização, inclusive com as polarizações de campanhas presidenciais desde o início dos anos de 1990, “nunca tivemos tanta violência como estamos vendo atualmente”. Gleisi lembrou das mortes da vereadora carioca Marielle Franco, de Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katende, morto a facadas, na Bahia e do líder sindical e guarda municipal de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, assassinado a tiros durante sua festa de aniversário. “Todos crimes políticos. Mas política é campo de ideias, de debate e não de extermínio de pessoas. Queremos paz”, afirma Gleisi.
O deputado estadual Arilson Chiorato disse que o trabalho agora é organizar a mobilização pelas campanhas de Lula e Requião. “É uma reunião de trabalho, em que fazemos uma análise de conjuntura política, para que todos saibam o que está acontecendo no Brasil e no Paraná. Quando chegar a campanha, em 15 de agosto, estamos com tudo pronto e devidamente organizado”, diz Chiorato. Como um dos coordenadores da campanha do PT no estado, ele informou que vem articulando a presença de Lula no Paraná durante a campanha presidencial. “Ele virá com certeza. Estará no Paraná, ou em Curitiba ou aqui na região. Estamos conversando”, afirmou.
EX-PREFEITO PASSA MAL DURANTE EVENTO
No encontro, em Apucarana, estiveram líderes sindicais, membros históricos do PT de Apucarana, dirigentes de diretórios municipais da região, militantes de movimentos sociais e convidados. O ex-prefeito de Apucarana, Luiz Antônio Biachi foi um dos convidados para o evento, em que iria assinar sua ficha de filiação ao partido. No entanto, durante a fala da deputada Gleisi, Biachi teve uma brusca queda de pressão e precisou ser socorrido pelas pessoas, que impediram sua queda. O Samu foi acionado e atendeu o ex-prefeito, que foi encaminhado para atendimento médico. O incidente interrompeu a fala da deputada e o evento foi retomado cerca de 40 minutos após. Segundo informações do Samu, o ex-prefeito teria reagido bem ao atendimento.
EM FOZ DO IGUAÇU
Arilson Chiorato também integra a Comissão Parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), formada para acompanhar as investigações sobre o assassinato do guarda-municipal e militante do PT, Marcelo Arruda. A comissão estará, estará em Foz do Iguaçu na próxima segunda-feira (18) para cumprir uma série de atividades relacionadas ao caso.
Eles vão se reunir com delegados na Polícia Civil e também vão se encontrar com o Ministério Público. Além de Chiorato, que é líder da oposição, representam o Legislativo, os deputados Tadeu Veneri (PT), coordenador da Comissão De Direitos Humanos; e Delegado Jacovós (PL).
A comissão vai se reunir, a partir das 8 horas, com representantes do Centro de Direitos Humanos de Foz do Iguaçu e, na sequência, com Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda. Ainda pela manhã, os parlamentares terão uma reunião com a delegada Iane Cardoso, que lidera as investigações sobre o assassinato.
No período da tarde, a Comissão Parlamentar irá se encontrar com o Juiz Gustavo Germano Arguello, da 3ª Vara Criminal e também com o promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Foz do Iguaçu.