As exportações da região somaram US$ 40,3 milhões no primeiro trimestre deste ano. Dados da Comex Stat, ferramenta de consulta do Ministério da Indústria, Comércio Exterior de Serviços, apontam alta de 24,2% em comparação ao mesmo período do ano passado quando os 11 municípios com atividades no comércio internacional faturaram US$ 32,4 milhões.
Os móveis fabricados em Arapongas ainda são os produtos de origem regional mais vendidos lá fora. Neste ano, as exportações da indústria moveleira já somam US$ 11,53 milhões, que correspondem a quase 30% do total exportado pela região. Além dos móveis, o município também exporta matéria prima para perfumaria, inseticidas, soja, carne, máquinas, e entre outros produtos que somaram US$ 15,87 milhões no primeiro trimestre, o maior faturamento da região. Mais de 20 países já compraram produtos araponguenses neste ano.
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São Pedro do Ivaí faturou US$ 11,2 milhões no primeiro trimestre com a exportação de leveduras (66%) e ração animal (31%). A maior parte foi comprada pelos Estados Unidos que investiu US$ 6,4 milhões nos produtos. Ao todo, 13 países compraram produtos fabricados em São Pedro do Ivaí.
O terceiro maior faturamento da região foi o de Apucarana com US$ 6,1 milhões. No primeiro trimestre do ano o município comercializou tecidos de algodão, couros, fertilizantes, sorgo em grão, calçados, chapéus, baterias, entre outros produtos para um total de 16 países.
Para o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a alta nas exportações da região reflete o momento positivo da economia. “A evolução gradativa da taxa do dólar ajuda nas exportações. Outro aspecto positivo é a produção brasileira que está crescendo, seja no setor industrial, de serviços ou agronegócio. No contexto industrial Arapongas, com sua base sólida tem se sobressaído, porque tem produzido com alta qualidade e com design avançado para os seus produtos na área moveleira”, analisa.
O economista também destaca outros fatores como mercado internacional favorável aliado ao planejamento microrregional e à integração das grandes empresas. Segundo Cruz, a expectativa é que as exportações sigam em alta ao longo do ano.
PARANÁ
No Paraná, as exportações atingiram US$ 5,42 bilhões no 1º trimestre do ano, um acréscimo de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 5,2 milhões). Com esse aumento, o Estado manteve a primeira posição entre os estados da região Sul, superando o Rio Grande do Sul, cujas vendas externas somaram US$ 4,2 bilhões nos três primeiros meses deste ano, e Santa Catarina, com exportações de US$ 2,6 bilhões.
A receita do trimestre é resultado da soma de US$ 1,91 bilhão movimentados em janeiro, US$ 1,71 bilhão em fevereiro e US$ 1,8 bilhão em março. O balanço foi levantado e tabulado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A soja em grão, o açúcar bruto e o açúcar refinado contribuíram significativamente para o crescimento das exportações paranaenses, com aumento respectivo de 161,2% (US$ 1,3 bilhão), 105,5% (US$ 256 milhões) e 380,6% (US$ 61 milhões) das vendas ao Exterior no período. Além dos produtos do agronegócio, também houve crescimento significativo nas exportações de geradores e transformadores elétricos, com elevação de 307,3% no período (chegando a US$ 105,6 milhões), e óleos e combustíveis, com crescimento de 35,1% (US$ 38 milhões).