Neste mês, a região de Apucarana (PR) completa cinco anos do primeiro caso de Covid-19 confirmado. De lá para cá, mais de 98,8 mil pessoas testaram positivo para a doença que causou mais de 1,8 mil mortes na 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana que abrange 17 municípios. Apesar da queda, o coronavírus continua causando mortes na região, com 14 óbitos registrados no ano passado.
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O primeiro caso da doença foi confirmado na região em 25 de março de 2020, em Faxinal. A paciente que testou positivo é uma mulher que reside fora do país e foi ao município visitar familiares. Em menos de um mês, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou a primeira morte, em 14 de abril. O paciente morava em Arapongas e tinha 79 anos. Quatro dias depois, Apucarana registrou seu primeiro óbito.
A Covid-19 se espalhou rapidamente e algumas cidades adotaram medidas mais restritivas para reduzir a circulação de pessoas nas ruas, seguindo decreto do Governo Estadual. Naquele ano, a 16ª RS atingiu 330 óbitos e mais de 11 mil casos da doença.
Entretanto, o ano mais letal da pandemia na região foi 2021, com mais de 1,2 mil mortes e 47 mil casos confirmados. A crise sanitária exigiu urgência no desenvolvimento da vacina para conter a pandemia e, em janeiro daquele mesmo ano, o imunizante chegou à região. Os idosos do Lar São Vicente de Paula foram os primeiros a serem vacinados em Apucarana.
A vacinação fez 2022 começar com tendência de queda, com 203 óbitos confirmados. No ano seguinte, foram 31 mortes. Para o chefe da 16ª RS, Lucas Leugi, a chegada da vacina foi crucial para acabar com a crise sanitária. “Todos nós conhecíamos pelo menos uma pessoa que faleceu de Covid e mais da metade das mortes ocorreu entre 2020 e 2021. A vacina chegou e saímos da crise”, salienta.
Mas, apesar da redução, a doença continua causando óbitos na região. No ano passado, 14 pessoas morreram por complicações da Covid-19 na área da 16ª RS. Para o chefe da regional, a vacinação é imprescindível para evitar casos graves da doença e ressalta a importância de imunizar a população mais vulnerável. “A vacina salva vidas. Porém, o negacionismo ainda leva à morte”, assinala.
De acordo com Leugi, o novo esquema inclui o imunizante no Calendário Nacional de Vacinação. A recomendação é que idosos e trabalhadores da saúde sejam vacinados a cada 6 meses. Mulheres devem ser vacinadas a cada gestação, independentemente se tenham tomado doses prévias, e crianças de 6 meses até 4 anos e 11 meses devem receber duas a três doses de vacina. Pessoas que se enquadram no grupo especial, como exemplo puérperas, pessoas em situação de rua e detentos, devem receber uma dose por ano.