Em uma semana, o número de casos positivos de dengue avançou 29% na região, segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde. Foram 181 novos registros no período na área da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, que tem uma área de abrangência de 17 municípios e soma agora 805 confirmações. Com os novos casos, mais um município atingiu índice epidêmico, o quarto no ano epidemiológico.
Com 11 casos confirmados e uma população estimada de 2.836 habitantes, Novo Itacolomi atingiu índice de 387,87 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. São considerados municípios em epidemia quando a razão passa de 300/100 mil.
Outros três municípios seguem em epidemia: Bom Sucesso, que soma 183 casos; Faxinal (177) e São Pedro do Ivaí (162). Em outros quatro municípios, onde índices estão acima de 100 casos por 100 mil habitantes, a situação já é considerada de alerta: Jandaia do Sul (40); Cambira (11); Kaloré (7) e Sabáudia (9). Dos 17 municípios da região, 16 têm casos registrados neste ano epidemiológico (ver quadro).
- LEIA MAIS: Estado estabelece frente de combate à dengue com ações efetivas
O prefeito de Novo Itacolomi, Moacir Andreola, destaca que a Prefeitura realizou uma grande mobilização no final de semana, em que a população foi convocada com apoio de carro de som para limpar terrenos e separar entulho e materiais de quintais e terrenos sem uso. Segundo o prefeito, a situação é preocupante por conta do perfil da doença. “Desta vez tivemos moradores com sintomas muito fortes, sendo que dois tiveram que ser internados e um ainda está hospitalizado”, comenta.
A Prefeitura também intensificou as visitas dos agentes de endemias e está planejando uma vistoria em calhas na tentativa de localizar e eliminar focos do Aedes Aegypti. “Estamos passando e orientando e percebemos que a população está consciente, por isso vamos ir além e pedir autorização para ver as calhas”, comenta.
O chefe da 16ª RS, Marcos Costa, admite que o atual período é considerado crítico por conta do clima propício para disseminação do mosquito e pelo acúmulo de casos. O combate à epidemia também é dificultado pelos baixos estoques de inseticida do Ministério da Saúde, que prejudicam e atrasam a aplicação do fumacê.
“Mas nossas equipes estão toda semana nos municípios orientando as prefeituras, prestando apoio técnico e acompanhando a evolução dos casos”, comenta, reforçando que a necessidade de prevenção e eliminação de focos deve ser constante.
PARANÁ
Em todo estado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou ontem mais 3.714 novos casos. De acordo com o Informe de Arboviroses, que corresponde ao período sazonal da doença iniciado em 31 de julho de 2022, o Estado soma 12 óbitos, com 21.406 casos confirmados e 140.570 notificações. Mais de 56 mil casos já foram descartados.