Quatro mulheres negras no esporte que têm feito história

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 01/04/2022
Quatro mulheres negras no esporte que têm feito história

Sempre é momento de vangloriamos as vitórias femininas em todos os âmbitos da sociedade.

Inclusive, precisamos falar mais vezes de mulheres negras no esporte. Não só no mês da mulher ou no dia da Consciência Negra. Afinal, elas vem conquistando cada vez mais o seu merecido espaço nesse meio, com muito talento, dedicação e vitórias. As nossas apostas nelas são altas, viu?

Então aqui vão 4 mulheres negras esporte para você torcer bastante! 

1. Formiga: brilhos nos olhos e craque de bola

A baiana Miraildes Maciel Mota, mais conhecida como Formiga, joga na seleção de futebol feminino do São Paulo. Seu apelido, adquirido na adolescência, tem a ver com o seu espírito de força e união, valores que regem os ecossistemas das formigas.

Não à toa, a jogadora defendeu a camisa verde e amarela inúmeras vezes e é a única atleta que já competiu em 7 Copas do Mundo e 7 Olimpíadas no futebol. Uma verdadeira lenda do futebol, não?

Em novembro de 2021, Formiga se despediu da seleção brasileira aos 43 anos. Foram mais de vinte anos de parceria no Torneio Internacional de Futebol Feminino. Vale dizer que ela continua no clube atual até o final de 2022. Depois disso, pretende continuar no meio esportivo, mas atrás das quatro linhas. 

2. Fernanda Garay: um arraso nas quadras e na maternidade

Natural de Porto Alegre (RS), Fernanda Garay tem 35 anos e veste nas quadras a camisa 16 da Seleção Brasileira de Vôlei. A paixão e o dom pelo esporte correm em suas veias. Afinal, é filha do ex- jogador de basquete Luis Fernando e vive batendo cartão em maratonas de corrida.

Desde 2012, a ponteira passou por diversos clubes nacionais e internacionais. Dentre eles, São Caetano, MR de Minas Gerais, além de disputar pelo NEC no clube japonês Kanagawa. Em 2005 defendeu a camisa brasileira e, junto de suas colegas, ganhou o Campeonato Mundial Juvenil em Ankara, na Turquia.

Assim como Formiga, Fê Garay anunciou sua pausa profissional. O motivo é a maternidade, sonho que pretende realizar logo e com o máximo de dedicação, assim como sempre fez com o esporte!

3. Serena Williams: seus títulos fazem fila!

Para coroar nossa lista de mulheres negras no esporte, temos a “rainha das quadras”, Serena Williams, que joga tênis desde os 3 anos de idade. Desde então, a, a atleta foi listada mais de 6 vezes como a número 1 do ranking e é atualmente a pessoa que mais possui títulos do Grand Slam!

Ela é também a atleta que mais ganhou prêmios em dinheiro na carreira, além de feitos que ultrapassam as quadras: Williams escreveu dois livros, participou de diversos episódios de séries, tem uma coleção de roupas esportivas com a NIKE e, junto com a irmã, é sócia do time de futebol americano Miami Dolphins, desde 2009.

Assim como outros grandes tenistas, Serena promove o acesso à educação de qualidade para crianças cujas famílias foram vítimas de crimes violentos, além de doar para as regiões do mundo que sofrem grandes desastres naturais. 

4. Simone Biles: determinação que vai além do esporte

Simone Bailes tem apenas 1,42m de altura, mas é tida como uma gigante dentro e fora dos tablados. A atleta superou uma infância difícil e conquistou 5 medalhas na sua primeira Olimpíada, em 2016 no Rio de Janeiro. Entretanto, nem tudo são flores.

Durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, Simone teve uma crise psicológica conhecida como "twisties", fenômeno na qual o ginasta perde a noção de seus movimentos e fica completamente desorientado. Após a desistência de quatro finais, a estrela estadunidense  finalizou sua participação com apenas duas medalhas, sendo uma de prata e outra de bronze.

Além disso, a campeã olímpica é figura importante em um processo judicial contra o ex-médico da seleção norte-americana de ginástica artística, Larry Nasser. Ela e outras atletas acusaram o colega de abusos físicos, sexuais e morais.      

Portanto o papel das mulheres negras no esporte vai muito além de vitórias ou medalhas. Elas são figuras fundamentais na representatividade preta nesse universo e ajudam a minar as desigualdades que permeiam a nossa sociedade. É como diria Angela Davis: “quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”.