País do sertanejo, Brasil é único a comemorar o Dia Mundial do Rock

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 13/07/2023
Rock mantém fiéis seguidores no Brasil e em todo mundo

País marcado pelo sertanejo universitário nos últimos anos e também pelo funk, o Brasil comemora nesta quinta-feira (13 de julho) o Dia Mundial do Rock. O “mundial”, no entanto, é uma força de expressão.  O país é praticamente é o único do mundo a festejar a data.

Criado em 13 de julho de 1985 pelo cantor e compositor inglês Phil Collins em momento de empolgação durante apresentação no Live Aid, festival de alcance planetário, o Dia Mundial do Rock nunca "pegou" efetivamente no mundo. No Brasil, no entanto, a data sempre é lembrada por artistas, fãs e apreciados do bom e velho rock’n’roll.

Não deixa de ser curioso. Afinal, as músicas sertanejas vêm liderando entre as mais tocadas nos streamings há bastante tempo no Brasil, com espaço crescente do funk e do pop. No entanto, a magia do rock está longe de ser perder. 

Roqueiro e radialista por muitos anos em Apucarana, Marcelo Fábio afirma que o rock não perdeu espaço. Pelo contrário. “É o único estilo musical que tem espaço no mundo inteiro. É o único que ainda lota estádios”, diz. Segundo ele, o rock nunca sai de moda. “O rock é eterno”, afirma. 

SAIBA MAIS SOBRE A HISTÓRIA

Foi durante uma série de shows simultâneos por alguns países, o Live Aid, em 13 de julho de 1985, que grandes bandas do planeta entoaram acordes de rock contra a fome na Etiópia. Desde então, é comemorado o Dia Mundial do Rock. 

Antes disso, o caminho do ritmo era trilhado a partir do blues, do country e do r&b, desde a década de 40, nos Estados Unidos. Depois de “criado”, o próprio rock deu espaço para novos subgêneros, que até hoje se espalham pelo mundo. Mesmo que não exista um registro definitivo sobre a primeira banda de rock, muitos apontam Bill Haley and His Comets, em 1951. 

E o rock deu o título de “rei” a Elvis Presley, dono de uma potente voz que levou milhões de admiradores ao delírio. Do outro lado do continente, apareciam os meninos de Liverpool, os Beatles, que arrancaram suspiros em meio à beatlemania, além dos Rolling Stones. 

Para curtir um bom rock, não dá para fugir da velha guitarra, as batidas da bateria e as linhas de baixo. O que vier junto disso, é lucro e muito bem-vindo! O rock permaneceu tocando nas rádios de todo o planeta e nos trouxe ainda grupos emblemáticos como Queen, Led Zeppelin, Pink Floyd, Metallica.

De lá para cá, muita coisa surgiu e o rock raiz deu muitos frutos, inclusive no Brasil. Por aqui, a Jovem Guarda de Erasmo Carlos, Roberto Carlos e Vanderlea trazia versões dos clássicos estrangeiros, além de músicas autorais. Celly Campelo foi a voz feminina que levou o rock aos quatro cantos do país, junto com Renato e seus Blue Caps, Golden Boys e o vozerão de Jerry Adriani. Depois disso, o Brasil não parou de lançar e criar nomes, dignos de um precioso relicário: Raul Seixas, Secos e Molhados e Mutantes, que nos deu a brilhante Rita Lee. 

Os anos 80 foram também de ouro para o rock brasileiro, que chegou aos walkmans, às boates e vitrolas do país, no som de Legião Urbana, Capital Inicial, Skank, Titãs, Engenheiros do Havaí, Paralamas do Sucesso, Cássia Eller, Leo Jaime, Barão Vermelho, RPM, Blitz.

Muita coisa boa ainda surge no cenário, pelo mundo e no Brasil, mostrando que o Rock está vivíssimo. E com ele, a gente segue o som até onde ele for.