A atriz Klara Castanho entrou na Justiça contra o jornalista Leo Dias, a apresentadora Antonia Fontenelle e a youtuber Adriana Kappaz, mais conhecida como Dri Paz, pelos crimes de difamação, calúnia e injúria. O processo foi ajuizado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Segundo o processo, Klara alega que Dias, Fontenelle e Dri Paz teriam inventado mentiras a respeito de sua gravidez, além de disseminarem a informação na internet. A atriz também afirma que se sentiu humilhada coma a divulgação de seu estupro.
No mês de junho deste ano, Klara se pronunciou por meio de uma carta aberta, onde falou que foi abusada sexualmente, engravidou e decidiu dar o bebê para adoção.
Na ocasião, Klara se pronunciou depois que seu nome foi parar nos assuntos mais comentados das redes sociais após uma sequência de especulações. O caso foi impulsionado após Fontenelle dizer em uma live que "uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção". "Ela não quis olhar para o rosto da criança", afirmou a apresentadora.
Antes, Leo Dias havia falado sobre o assunto, sem citar nomes, em uma entrevista para o "The Noite com Danilo Gentili" (SBT).
Na ação judicial, a defesa da atriz disse que o jornalista a injuriou durante a entrevista ao inferir "que Klara Castanho seria uma atriz 'que vende uma imagem que todo mundo acha que é santinha', que tem uma 'história de trama' e que o que ela fez é de 'perder a fé na humanidade'".
Para a defesa de Klara, mesmo sem citar nomes, ele não teria deixado dúvidas de que se referia a ela.
Ambas fizeram vídeos comentando o assunto. Ainda segundo a defesa de Klara, Dri Paz publicou na rede social Kwai um vídeo "imputando" o crime de abandono de incapaz a atriz. Ela teria afirmado que a jovem pagou para "sumirem com a criança", o que configura difamação e calúnia.
Na mesma publicação, a youtuber ainda teria relativizado a violência sofrida por Klara.
"Essa menina tá alegando pra gente que ela foi vítima de abuso, que essa criança é vítima de um abuso (sic). Eu, eu não posso afirmar, essa parte eu não sei, tá gente? Porém, eu não acredito na história do abuso, gente. A história que chegou para mim primeiro foi que essa menina teve relações com um homem aí que é comprometido, casado, não sei. Uma figura pública também muito conhecida que jamais assumiria essa criança. Essa é a história que chegou pra mim".
As penas para difamação e injúria podem chegar a um ano, enquanto a pena para calúnia pode chegar a dois anos.
Justiça nega liminar
Em julho, a Justiça negou liminar para Klara Castanho contra Antonia Fontenelle. A atriz pedia a retirada das declarações feitas pela apresentadora bolsonarista sobre ela, quando ela expôs a entrega para adoção do bebê fruto de estupro sofrido pela atriz
No documento, assinado pela juíza Flávia Viveiro de Castro, da 2ª Vara Cível da Barra, a magistrada retirou o segredo de Justiça do processo e entendeu que a determinação para retirar as declarações da Fontenelle seria "uma espécie de censura".
A ação prossegue com o pedido de indenização.
Fontes: Em OFF e Splash Uol.