O influenciador digital Renato Cariani foi indiciado nessa segunda-feira (18) por três crimes: tráfico equiparado de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. O atleta de fisiculturismo é investigado pela Polícia Federal (PF).
A corporação aponta que o crime de tráfico equiparado está relacionado ao envolvimento de Cariani com insumos químicos para a produção de entorpecentes, não diretamente com as drogas.
Por isso, o Ministério Público solicitou novamente a prisão preventiva de Cariani, mas foi negada pela Justiça, e ele permanece respondendo em liberdade. As investigações envolvem a PF, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP e a Receita Federal.
A operação Hinsberg, realizada pela Receita Federal e pela PF em 12 de dezembro de 2023, teve como alvo a empresa Anidrol, cujo sócio é o influenciador Renato Cariani.
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Buscas foram conduzidas nos endereços da empresa e do influenciador em São Paulo, com 18 mandados cumpridos em 7 municípios de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
A investigação apontou desvio de produtos químicos para a produção de drogas, com a Anidrol emitindo notas fiscais fraudulentas em nome de empresas licenciadas.
A denúncia, feita por farmacêuticas cujos nomes estavam ligados à compra dos insumos, desencadeou a investigação de 1 ano pela Receita Federal. As autoridades apontam que o grupo realizou movimentações irregulares de 2014 a 2020.
Os envolvidos enfrentarão acusações de tráfico, associação para fins de tráfico e lavagem de dinheiro. Embora tenham sido expedidos 4 mandados de prisão, baseados em 60 casos de notas fiscais fraudulentas, a Justiça os indeferiu.
O desvio totalizou 12 toneladas de produtos químicos, avaliados em cerca de R$ 6 milhões, utilizados no refino e adulteração de 19 toneladas de crack e cocaína, contendo componentes como fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila.
Com informações do ND Mais.