Nesta terça-feira (3), é comemorado o Dia Nacional do Cabelereiro, em homenagens aos profissionais que cuidam da saúde dos fios, e deixam mulheres e homens ainda mais bonitos.
Um dos assuntos mais comentados nos últimos tempos é a transição capilar. Sair da progressiva, escova definitiva, relaxamento ou outros métodos não é nada fácil, afinal demanda muita paciência e cuidados especiais durante um bom tempo. Mas quem já encarou a situação assina embaixo: vale a pena.
E é justamente essa propagação positiva a responsável pela forte tendência na adesão à transição capilar. Entre os motivos relevantes dessa mudança de comportamento estão o poder nocivo das substâncias que alisam e a libertação de ter um cabelo cacheado natural e, por consequência, mais saudável.
Etapa 1 -- Abandonar a química
A partir do momento em que a decisão de não retocar mais os procedimentos químicos é feita, é preciso segurar a ansiedade e começar a exercitar a paciência. Para uma transição capilar sem drama ou complicações, a melhor saída é focar no objetivo de recuperar os fios naturais e a saúde do cabelo. “Isso porque o processo pode ser demorado e diferente para cada tipo de cabelo, então é preciso saber esperar. É bom ter em mente que nenhum produto é milagroso, o melhor aliado nesse processo é mesmo o tempo”, enfatiza Douglas.
Outro ponto importante é que quanto maior a diferença de textura entre os fios naturais e os processados químicos, maior o tempo necessário para a finalização do processo. Além da resiliência, alguns métodos podem ajudar bastante, como penteados que disfarçam a diferença entre as texturas, produtos que nutrem e hidratam e cuidados essenciais no dia a dia. Tudo isso pode amenizar a angústia dessa fase.
“Esse arsenal de alternativas, além de auxiliar na beleza e saúde do fio, ajuda na harmonização de texturas similares entre pontas e raiz e no crescimento do cabelo, fazendo com que o período de transição passe mais rápido”, garante o profissional.
Etapa 2 -- Espere o cabelo crescer
Além da paciência, a transição capilar ainda envolve autoestima, tema delicado para muitas mulheres. No entanto, existem alguns cuidados especiais para resistir à química neste período em que o cabelo fica sem forma e com um volume indesejado. É o momento de recorrer a alguns truques para conviver tranquilamente com a raiz ondulada e o comprimento liso.
“O período de adaptação é perfeito para descobrir formas distintas de como usar o cabelo. Além de testar novos penteados, vale apostar também em acessórios diferentes, como lenços, turbantes e bandanas. Os tecidos estão super em alta como adorno de cabeça!”, indica o profissional.
Para disfarçar a diferença entre a parte do cabelo cacheado que está nascendo e a parte alisada, a chave é a texturização. “O método consiste em cachear a parte alisada com bobes, bigudinhos ou até mesmo enrolando os fios com os dedos.”, instrui Douglas. O cabelereiro ainda ressalta a importância de evitar ferramentas de calor, como o babyliss, por conta da fragilidade em que o fio se encontra.
Etapa 3 -- Cuide intensamente da saúde dos fios
O fio danificado por químicas alisantes perde as cutículas, sua proteção natural e, com o tempo, fica desidratado e sem nutrientes. O cronograma capilar é fundamental nesta fase, estipulando um calendário para os cuidados com o cabelo. Os tratamentos alternam entre hidratação, nutrição e reconstrução, processos que têm princípios ativos diferentes e se complementam, fornecendo aos fios tudo o que eles precisam na etapa de fragilidade extrema.
“A hidratação, feita com máscaras concentradas, repõe a água do cabelo. A nutrição, por sua vez, recupera a oleosidade natural da raiz que nutre os fios e os ativos essenciais, podendo ser feita com óleos comerciais ou os naturais, como o de amêndoa ou oliva. Já a reconstrução é essencial para recuperar a queratina e formar de novo a cadeia de aminoácidos que reestrutura o fio danificado por químicas pesadas, como as dos métodos de alisamentos. Geralmente, os produtos ideais para reconstruir o fio são à base de óleos e manteigas, como os de karité, argan ou murumuru”, ensina Douglas.
Etapa 4 -- Livre-se de vez da parte lisa do cabelo
Quando chega a fase em que é possível cortar uma boa parte dos fios alisados e começar a dar forma ao caimento dos fios naturais é sinal de que a angústia da transição está chegando ao fim! No entanto, é preciso conhecimento para saber qual o momento certo de recorrer a tesoura.
Dependendo do caimento do cabelo, quando a raiz crespa começa a crescer, o corte costuma ficar irregular, por isso é importante ouvir a opinião de um cabeleireiro. Em alguns casos, o corte reto, o mais desejado pelas mulheres, pode deixar as pontas desiguais e não ter um crescimento harmônico. Já o corte em camadas é quase sempre a melhor solução, pois traz simetria ao cabelo. Ainda assim, é importante analisar caso a caso. Só mesmo um profissional especializado para indicar o estilo de corte correto.
“As mais corajosas costumam cortar o mal pela raiz, literalmente - se jogam no corte radical, bem curtinho, conhecido como big chop. Para as mais receosas, também é super interessante apostar em pequenos e frequentes cortes. Dessa forma, não haverá nenhuma mudança radical e os fios ainda serão estimulados a cachear com cada vez mais facilidade”, finaliza o cabeleireiro.
Fonte: Embeleze.