Marinho Soares, filho do compositor Mario Soares, de 71 anos, pediu ajuda ao cantor Leonardo, pois o pai sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 25 de novembro e, desde então, o estado de saúde dele só piora. Mario Soares é um dos autores da música "Pense em Mim", que fez sucesso na voz da dupla Leandro e Leonardo.
Segundo Marinho, no dia em que o pai passou mal, ele foi internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santos, no litoral de São Paulo, e precisou ficar lá por quatro dias. Soares só foi transferido para o hospital Beneficência Portuguesa de Santos após Marinho expor a situação do dele e pedir ajuda ao sertanejo.
"Não queremos nada além de uma ajuda dele [Leonardo] para o que meu pai consiga voltar a ter qualidade de vida", disse Marinho Soares. "Ele sempre teve uma voz alta e forte e agora quase não se escuta. Está muito ruim, baixa e devagar [...]. Está sem coordenação e ele não consegue caminhar. Está sem equilíbrio", completa.
Marinho enviou mensagem à assessora do artista, mas, até o momento, não obteve uma resposta.
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No início deste ano, o compositor perdeu um processo movido contra Leonardo, em que reivindicava o pagamento de "eventuais diferenças de direitos autorais ou royalties não pagos pelo cantor".
Na decisão do juiz Artur Martinho de Oliveira Júnior, em que cabe recurso, consta que o compositor e mais dois parceiros assinaram contrato prevendo o recebimento de 75% do proveito econômico da exploração da obra no Brasil e que, nos últimos cinco anos, receberam valor superior a R$ 350 mil.
A música foi composta em 1985, em São Vicente (SP), por Mário Soares, Douglas Gomes da Silva e José Ribeiro da Silva, a princípio com o título "Com destino à felicidade".
Mal-estar
Segundo Marinho, o compositor passou quando estava almoçando, na última sexta-feira (25). "Ele estava almoçando e não conseguiu colocar o garfo na boca. A esposa dele percebeu que ele estava falando um pouco mole", afirmou.
A família levou Mario à UPA, onde informaram que eles estava com a pressão alta. "A médica prescreveu uma medicação e liberou meu pai. Não foi identificado o AVC e nem foram feitos exames para verificar".
Ao retornar para casa, os familiares notaram que o compositor não apresentava melhora, então, decidiram entrar em contato com um amigo médico, que os orientou a ir à unidade de saúde novamente. No retorno, o filho disse ter solicitado um exame mais específico e foi constatado o AVC.
"Por conta da primeira liberação do meu pai, ele perdeu a vaga zero e ficou na lista aguardando uma nova [vaga] em um hospital que tivesse médico neurologista", contou Marinho, que esteve com o compositor por quatro dias na UPA, segundo dele acompanhado a piora do quadro.
Com informações do G1.