A cotação do mercado do milho, que alcança R$ 73 a saca de 60 quilos, tem animado produtores na área da regional de Ivaiporã da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). Em relação ao mesmo período do ano passado, quando o grão era cotado entre R$ 37 e R$ 40, o aumento percentual é de quase 100%. .
Segundo o engenheiro agrônomo Sergio Carlos Empinotti, do Departamento de Economia Rural (Deral), com melhores preços em relação a safras anteriores, a tendência é de aumento da área plantada para a segunda safra ( milho safrinha), que começa a ser semeada em breve. No ano passado o plantio do milho safrinha atingiu 60 mil hectares, para próxima safra a expectativa é que ultrapasse 63 mil ha.
Embora o milho primeira safra esteja sendo colhido no sul do país e os compradores estejam se abastecendo, deverá haver falta do produto no período entre abril e meados de julho.
“Com a colheita, pode até haver um pequeno recuo no preço, o que é normal. Mas, a tendência que passado a colheita os preços fiquem nos patamares atuais podendo até ter mais uma onda de valorização”.
Ainda segundo o agrônomo, a grande escassez de milho no mundo, o aumento das importações da china, aliado a um dólar acima de R$ 5,00 deverá manter o preço do cereal por um bom tempo.
Condições de lavoura
Ainda segundo Empinotti apesar da estiagem no início do plantio e o excesso hídrico registrado em janeiro, as poucas áreas plantadas do milho primeira safra terá uma boa produtividade. No momento, 90% das lavouras se encontram em fase de maturação e 10% em frutificação.
“Cresceu bem, desenvolveu bem, rendimento também será bom, quem plantou não se arrepende. Só que cerca de 25% das lavouras serão utilizadas para a silagem. Acredito que aqui na região o pessoal deve colher em média 400 sacas por alqueire, pouco melhor que a safra anterior, quanto a média foi de 380 sacas”.
Nos 15 municípios na área de abrangência da regional o milho primeira safra teve área de plantio de aproximadamente 4 mil hectares.