Mais de 100 casais participam de casamento coletivo

Autor: Da Redação,
sábado, 22/11/2008

Mais de 100 casais participaram neste sábado (22), em Curitiba, do casamento coletivo promovido pela Secretaria Especial de Relações com a Comunidade no Museu Oscar Niemeyer. O casamento simboliza mais uma tarefa cumprida pelo Governo do Estado, que tem o princípio da Carta de Puebla, que é governar preferencialmente para os mais pobres, afirmou o secretário Milton Buabssi.

As inscrições para a cerimônia foram realizadas durante o Paraná em Ação, feira de serviços gratuitos desenvolvida pelo Governo do Estado, promovido na Semana da Pátria, em Curitiba. Na ocasião, 230 pessoas da Capital e 205 da Região Metropolitana se inscreveram. Eles já se casaram em cartórios e vieram aqui para a celebração religiosa, disse a coordenadora do programa, Clecy Amadori. Os noivos ganharam maquiagem e penteado e, para as mulheres, ainda teve depilação e unha - serviços oferecidos pelo Senac, em parceria com a empresa Embelleze.

Ao final da cerimônia, eles receberam certidão de casamento, fotografia (tirada momentos antes do evento) e um bolo. É gratificante participar deste casamento porque podemos ajudar quem realmente precisa, disse a professora do Senac, Odile Ventura da Costa. Sairan das Neves Serafim, 24, foi uma das noivas que aproveitou o atendimento oferecido pelo Senac. Apesar da filosofia gótica, que, segundo ela, curte a depressão e quer mostrar que nem tudo na vida são flores, fez questão de oficializar a união de mais de 6 anos.

Independente da tribo e da filosofia de vida, acho que casamento é importante, principalmente, perante a sociedade. Já aconteceu de precisarmos da certidão e não termos. Além disso, daqui a alguns anos, nossa filha ia perguntar o motivo de não sermos casados, comentou Sairan.Casamento também é algo que Ivonir José Conaco, 23, fazia questão. Católico, ele diz que é importante passar para os filhos a filosofia de uma família. Ivonir mora com Giselle Caroline Simões, 26, há nove meses. Eu queria muito ter o sobrenome dele, mas não tínhamos dinheiro para o casamento, que é muito caro, disse Giselle.Como Giselle e Ivonir, a maioria dos casais não oficializa a união por falta de dinheiro.

O programa do Governo resolve isso e realiza o sonho dessas pessoas, frisou a juíza de Direito substituta, da 4.ª Vara Familiar de Curitiba, Luciana Varella Carrasco. Ela acredita que o casamento representa muito para a sociedade. Com a união oficializada, o casal passa a ser mais respeitado, disse.É uma atitude louvável do Governo do Estado voltada para o aspecto social. A cerimônia acentua a família, dá de fato mais segurança para o casal e mais respeito à união perante a comunidade, afirmou o desembargador Ivan Campos Bortolleto, do Tribunal de Justiça. VALORES - O objetivo maior da celebração, disse o capelão do Palácio Iguaçu, padre José Aparecido Pinto, é aproximar as famílias.

Elas querem ter a alegria de serem, de fato, esposo e esposa. Queremos fazer com que o casal tenha essa oportunidade porque eles têm dificuldade para se casar, disse. Para o padre, o centro de tudo é a família. Agora, eles podem buscar a vivência dos valores familiares, como o respeito, completou.Para a pastora Lucilene Duarte de Queiroz da Silva, da igreja do Evangelho Quadrangular de Curitiba, a essência do casamento é o amor.

A cerimônia é importante porque as pessoas sentem o amor de Deus, que vai abençoar e honrar a relação, disse, ao ressaltar que o casamento é importante também para os filhos. Se o mundo está como está, é porque os pais não são tementes a Deus. E os filhos imitam os pais, comentou. A Secretaria Especial de Relações com a Comunidade já realizou mais de 3,5 mil casamentos coletivos. Com este, serão aproximadamente 3,8 mil. Procuramos fazer o melhor possível para que as pessoas se sintam cidadãs, dignas, além de regularizar a união, comentou Buabssi.