Saúde alerta sobre acidentes com animais peçonhentos

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 26/11/2010
Acúmulo de entulho e lixo pode favorecer o surgimento de escorpiões e aranhas

O calor que vem tomando conta do clima pode favorecer a proliferação de animais peçonhentos, aqueles que possuem veneno e podem injetá-lo por meio de ferrões ou dentes. Caso de escorpiões, aranhas, lagartas, abelhas e serpentes.


Para ajudar a preparar os profissionais de saúde a atender e orientar a população sobre como prevenir acidentes com este tipo de animal, a 16ª Regional de Saúde (RS) ofereceu nesta semana um curso da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) a profissionais dos 15 municípios da região. A capacitação, que aconteceu em Apucarana, foi dividida em aulas teóricas e atividades em áreas de risco.


O coordenador da iniciativa, o biólogo Emanuel Marques da Silva, da Divisão de Vigilância e Zoonoses e Intoxicações da Sesa, explica que ainda falta informação sobre o tema. “Precisamos fazer com que a comunidade aprenda a se prevenir e os municípios implantem um sistema de vigilância mais apropriado”, diz.


De acordo com ele, embora acidentes com serpentes sejam frequentes, principalmente na área rural, os escorpiões são campeões de casos nas cidades. “Na região de Apucarana, por exemplo, temos Arapongas como um dos locais em que o escorpião amarelo tem provocado mais acidentes”, pontua.


O ideal, segundo Silva, é que a população tome cuidados básicos para evitar animais peçonhentos, como proteger pés e mãos em trabalhos rurais ou de jardinagem, vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e forros e evitar o acúmulo de lixo orgânico, entulhos ou materiais de construção. Também é importante evitar plantas com muitas folhagens e eliminar do ambiente insetos como baratas, alimentos preferidos dos escorpiões. “Em caso de picada, a vítima deve procurar assistência média com urgência, a fim de evitar consequências graves”, recomenda o biólogo.


Neste ano, a 16ª RS já registrou 387 acidentes com animais peçonhentos. Apucarana é o município com mais casos, 203, seguido de Arapongas, Jandaia do Sul e Marilândia do Sul, cada um com 34 situações, e Cambira, com 23. Em 2009, foram 443 registros na região.


De acordo com a Secretaria de Saúde (Sesa), o Paraná contabilizou, de 2003 a 2009, 30% a mais de acidentes com animais peçonhentos. Somente no ano passado, foram 12.756 situações.