Penitenciária: Conseg faz reunião para debater o tema

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 27/10/2010

O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Apucarana realizou na noite de terça-feira, dia 26, um debate no Salão Nobre da prefeitura para discutir sobre a instalação de um Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) no município.


Estiveram presentes autoridades civis e militares, representantes de vários setores da população apucaranense, além do prefeito João Carlos de Oliveira e outras lideranças políticas.


O ex tenente da PM, Luiz Carlos Leitão, apresentou detalhes sobre o trabalho de ressocialização que é realizado pela empresa Fujiwara nas penitenciárias de Londrina, Ponta Grossa e Guarapuava e que possivelmente será implantado no CDR de Apucarana. O trabalho constitui no processo de redução penal, ou seja, a cada certo período trabalhado pelo preso, há uma redução percentual no seu tempo de pena.


Uma mesa redonda foi montada com representantes de todas as esferas presentes, onde se discutiram a situação carcerária atual e as possibilidades a serem exploradas na implantação da penitenciária.

A maioria dos participantes do encontro foi favorável à construção de um CDR em Apucarana. O maior argumento dos defensores da proposta é focado na atual situação e localização do minipresídio.

Segundo eles, a unidade carcerária de custódia cautelar (provisória, para presos não condenados), com 1417 m² de área construída e inaugurada em junho de 1991, atualmente é insuficiente para atender a demanda prisional do município de Apucarana.

O prédio tem 22 celas e capacidade para receber 80 encarcerados, mas geralmente fica superlotado. Hoje 181 homens estão presos na unidade carcerária.

NÚMERO DE PRESOS - O delegado adjunto da 17ª SDP, Ricardo Teixeira Casanova, detalhou que hoje há cerca de 500 presos nas unidades carcerárias dos 26 municípios do Vale do Ivaí, com demanda maior no sistema em sedes de comarcas, como Apucarana, Ivaiporã, Faxinal e Jandaia do Sul. "Deste total, 300 detentos ainda não têm sentença transitada em julgado e 200 já foram condenados e deveriam cumprir suas penas em penitenciárias", explicou Casanova.