Dia do Médico é lembrado com destaque para carências

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 18/10/2010
Por séculos, a profissão de médico cativa milhares de pessoas que a têm como sacerdócio

Nesta segunda-feira, 18 de outubro, é comemorado o Dia do Médico. A data é uma referência ao discípulo Lucas, o "amado médico", segundo o apóstolo Paulo, quando teria estudo medicina em Antioquia. Por séculos, a profissão cativa milhares de pessoas que a têm como sacerdócio, como o presidente da Associação Médica de Apucarana Elton Marcos Ayres Guerios, 53 anos.

Há 30 anos, ele atua como clínico geral e até hoje atende em postos de saúde, mesmo coordenando um centro médico especializado em ultrassonografia. “Ser médico é o que quero para mim. Sinto vontade de viver a medicina, lidar com o ser humano, cuidar da vida, aliviar dores. É muito gratificante”, afirma.

Entretanto, Guerios observa que é difícil conseguir exercer a medicina nas condições atuais. “É causa de grande angústia não conseguir oferecer um atendimento completo aos pacientes, como consultas, exames, internamentos e medicações. Isso foge do alcance do profissional”, diz. De acordo com o presidente da Associação Médica de Apucarana, a situação atual da Saúde incomoda a categoria. Segundo ele, é na figura do médico que se convergem as falhas do sistema. “Infelizmente, a Saúde está falida, roubada, não conseguindo oferecer aos pacientes o serviço de qualidade que merecem”, assinala.

Guerios classifica com maior desafio do médico hoje se manter ético, atencioso, sensível diante dessa estrutura falida. “Não conseguimos oferecer um atendimento de qualidade por esbarrar nas deficiências conjunturais, como a falta de equipamentos, medicamentos e especialistas”, enumera. Ele ressalta que situação precisa ser mudada. “Recursos têm, sentimos que falta boa vontade política”, avalia.

Segundo ele, para tentar reverter esse quadro desumano, a Associação Médica do Paraná elaborou um documento com propostas de melhorias que será entregue nesta semana ao governador eleito Beto Richa. “A Saúde precisa de uma reestruturação urgente, para que população tenha a sua saúde respeitada”, frisa.