Um casal foi preso por suspeita de explorar aproximadamente 14 adolescentes sexualmente, neste domingo (19), em Faxinal. Segundo a Polícia Civil, as vítimas eram atraídas com a promessa de emprego. Uma garota de apenas 12 anos teria sido estuprada por um dos suspeitos, de 49 anos.
O delegado de Faxinal, Ricardo Mendes, informou que as prisões aconteceram em um hotel da cidade, de responsabilidade do casal. Ainda de acordo com o delegado, umas das vítimas procurou o conselho tutelar na sexta-feira (17) e denunciou que trabalhou como camareira e babá no hotel, mas que no último dia 24, foi chamada ao quarto do casal. A jovem contou que pensou que iria receber o salário, mas que ao entrar no cômodo a patroa de 34 anos tentou convencer a garota a manter relações sexuais com o casal.
“Com a negativa da jovem, a mulher trancou a porta e manteve relações sexuais com o marido na frente da funcionária. A jovem chorava e pedia por ajuda. Ela conseguiu pegar a chave do quarto, que havia caído no chão, abriu a porta, saiu correndo e depois procurou o conselho tutelar”, explica o delegado.
Após a primeira denúncia, a polícia e o conselho começaram a identificar as vítimas. Ao todo, 14 garotas já foram ouvidas e confirmaram os abusos.
O delegado repassou que ficou chocado com o depoimento de uma jovem de 13 anos, que relatou ter perdido a virgindade com o acusado.
“Ela contou em depoimento que estava prestes a completar 13 anos quando começou a trabalhar no hotel; Iludida com a promessa de viagens para a praia e outros presentes, a jovem por pelo menos seis vezes manteve relações com o acusado. A jovem que é uma menina pequena, que ainda lembra uma criança, chorava muito ao relatar os fatos”, comenta o delegado.
As investigações apontaram que o casal, que era de Ivaiporã, já praticaria o crime há pelo menos quatro anos, desde que mudaram para o município.
De acordo com Ricardo, as vítimas não denunciaram antes pois eram ameaçadas pelo casal que deve responder por estupro de vulnerável e exploração sexual.
“O casal falava que iria bater nas garotas caso fizessem uma denúncia. Eles também ameaçavam elas de morte, falavam que iam matar toda a família. Inclusive passavam de carro na frente da casa das vítimas numa forma de amedrontar. Com medo, as garotas não procuraram ajuda, mas agora eles estão presos e vão responder pelos crimes”, finaliza Ricardo Mendes.
Nesta segunda-feira (20), mais vítimas serão ouvidas. No hotel, computadores, celulares e CDs foram apreendidos. O material irá passar por uma perícia. A polícia também vai apurar como as garotas foram contratadas.