A vida da garota Eduarda Shigematsu de apenas 11 anos, que estava desaparecida e que foi encontrada morta no domingo (28) em Rolândia já foi marcada por um grave acidente.
Em 2015 a menina estava num carro com a avó quando sofreu um acidente, o veículo onde elas estavam bateu contra um caminhão no contorno da cidade.
Na época, ainda uma pequena criança, Eduarda sofreu traumatismo craniano e foi encaminhada ao Hospital Universitário (HU) em Londrina, onde passou por cirurgias e teve que ficar internada. Depois da recuperação, ela até participou de uma reportagem contando do acidente e falou como estava feliz por ela e avó estarem vivas.
Agora a história da menina chega ao fim com essa tragédia. Ela havia desaparecido na quarta-feira (26), mas o corpo foi encontrado na tarde de domingo (28), nos fundos de uma casa de aluguel da família, depois de uma denúncia anônima.
O pai dela foi preso por ocultação de cadáver e contou que encontrou a filha morta no quarto vítima de enforcamento, porém a polícia não acredita nessa versão.
A Polícia Civil pediu, nesta segunda-feira (29), a prisão temporária, por 30 dias, de Ricardo Seidi pelo crime de homicídio qualificado. Segundo a polícia, com o resultado do laudo do IML, que apontou que a menina morreu por esganadura, o caso passou a ser considerado como homicídio qualificado, que trata-se de crime hediondo.
Nesta manhã, muito emocionada a mãe da menina, Jéssica Pires que atualmente vive em São Paulo, mas está em Rolândia acompanhando o caso prestou depoimento.
Ela disse que não imaginava que o ex-marido pudesse fazer algum mal a filha. Jéssica também contou que a filha sempre reclamava do pai, que ele era bravo e frio com a menina.
O corpo da menina foi enterrado na manhã desta segunda-feira (29), no Cemitério Municipal de Rolândia. A família optou por não fazer velório, apenas uma oração. O clima era de muita comoção.
Durante a tarde deste terça, a avó da menina e outros familiares serão ouvidos.