Duas pessoas foram presas em flagrante durante uma rinha de galo no fim de semana em uma propriedade rural localizada na Estrada Canjarana, em Ariranha do Ivaí. No local a Polícia Ambiental resgatou 75 galos que eram usados na prática ilegal e aprendeu três armas de fogo e R$ 4 mil em dinheiro. Pelo menos 12 aves mortas também foram encontradas.
A polícia foi até o endereço após receber várias denúncias e encontrou dezenas de pessoas assistindo a briga dos animais. Vários suspeitos tentaram fugir e acabaram atacados por um enxame de abelhas ao se embrenharem na mata. Um policial também foi atacado e precisou ser internado para receber atendimento médico. Vinte e uma pessoas foram abordadas, sendo que 19 foram encaminhadas à delegacia para assinar um Termo Circunstanciado e duas foram detidas por porte ilegal de arma e tentativa de suborno.
"No momento da abordagem, um dos envolvidos se aproximou de um dos policiais e ofereceu vantagem financeira para que não fosse encaminhado, então acabou preso", explicou a relações públicas da 2ª Companhia de Polícia Ambiental, Camila Reina.
Na propriedade os policiais resgataram 75 galos vivos, apetrechos usados nas rinhas, três arenas para confronto, medicamentos, anabolizantes, anestésicos, agulhas e linhas para suturar os animais, um revólver calibre 38 com 6 munições, uma espingarda calibre 32, outra calibre 22 e uma camiseta com o slogan 'criamos por amor e eles brigam por instinto'.
Há dois anos a polícia fez uma grande apreensão de aves e encontrou camisetas e bonés com o mesmo slogan, o que leva a crer que o mesmo grupo é responsável pela organização das rinhas de galo na região.
"É uma prática ilegal e muito cruel. Realmente é do instinto do galo brigar, mas os envolvidos colocam materiais na espora e uma biqueira de ferro para que a luta seja ainda mais sangrenta", comenta Camila.
De acordo com ela, os envolvidos na organização podem responder por maus tratos, associação criminosa e jogos de azar.