PM acusado de 14 assassinatos e 8 tentativas de homicídio é preso em Tamarana

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 29/01/2018
Um dos crimes imputados ao PM foi consumado na frente da Prefeitura de Tamarana, em plena luz do dia - Foto: Divulgação

Um policial militar, licenciado da corporação em 2012 por problemas de ‘sanidade mental’, é acusado de ser um assassino em série na cidade de Tamarana, de seis mil habitantes, a 45 km de Londrina (norte do Paraná). Ele foi preso na semana passada pela Delegacia de Homicídios e seria autor de 14 assassinatos e oito tentativas de homicídio no município durante os últimos meses.

Investigadores dizem que o método era quase sempre o mesmo. O matador se aproximava em um carro branco e atirava. A arma dos crimes: um rifle com silenciador. Uma das mortes aconteceu no meio da praça da cidade, em plena luz do dia, na frente da Prefeitura.

O delegado Ricardo Jorge, da Delegacia de Homicídios, relatou que as investigações foram iniciadas após um crescimento for de proporções nos assassinatos na cidade. “Seis mil habitantes e dois homicídios por mês. A cidade sabia que era este policial militar afastado, mas poucas provas haviam, porque tinham medo de depor. Ainda assim, algumas testemunhas passaram a nos procurar e iniciamos as investigações”, relatou.

Segundo Jorge, inicialmente eram três casos, mas o número foi aumentando. “Eram várias vítimas, 22  no total, sendo 14 mortes e oito tentativas”, descreveu o delegado, contanto que o policial usava um rifle de caça com silenciador para matar as vítimas, muitas por motivos fúteis. “A defesa alega que ele se julga um justiceiro, mas isso não tem nexo, porque há vítimas sem passagens pela polícia, mortas porque passaram na frente dele”, detalhou.

O policial pediu licença da corporação após ser vítima de uma tentativa de homicídio em 2012 e, desde então, passou a fazer o terror na cidade de Tamarana. “As pessoas realmente têm muito medo. Há casos de pai e filho mortos, um adolescente de 14 anos apenas para ele testar a arma”, acrescentou o delegado.

Prisão
Em outubro de 2017, o policial foi preso por envolvimento em três casos de assassinatos, após confronto balístico. “Fizemos a prisão de um comparsa, que fez uma delação premiada e conseguimos a apreensão das armas. Mesmo assim, o policial conseguiu um habeas corpus e foi solto no dia 31 de dezembro, voltando para a cidade e deixando todos em pânico”, relatou Jorge.

No entanto, na semana passada as investigações avançaram e um novo pedido de prisão foi aceito pela Justiça. “No começo de janeiro aconteceu um trabalho intensificado, foi pedida mais uma prisão temporária por outro caso e foi proferida. Agora ele está preso e esperamos que fique assim”, destacou o delegado.

O policial afastado está detido no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar em Curitiba, onde aguarda a sequência do inquérito policial.

Com informações do Fantástico e do portal Banda B