Estudantes confessam assassinato de colega de classe e alegam que sofriam bullying

Autor: Da Redação,
sábado, 09/07/2016

Dois adolescentes confessaram, durante 15 horas de interrogatório, o assassinato do colega de classe, João Vitor de Souza, 16 anos. O crime ocorreu na noite de sexta-feira (08/07), em Faxinal, no norte do Paraná. De acordo com a polícia, os dois menores afirmaram que o homicídio foi motivado por bullying.

A vítima morreu no Hospital Municipal após ter sido agredida com 10 golpes de canivete na Rua Ismael Pinto Siqueira, a 50 metros de sua casa. O grupo havia saído de uma festa julina. Os agressores foram detidos na sequência e encaminhados à 53ª Delegacia Regional de Polícia (53ª DRP).

Segundo a polícia, os adolescentes contaram que mataram João por conta de uma rixa pessoal. Conforme relato dos autores durante interrogatório, a vítima  praticava bullying contra eles. A polícia apura a veracidade das informações relatadas pelos adolescentes. 

CRIME - Conforme informações do boletim de ocorrência da 6ª CIPM, a equipe de serviços realizava patrulhamento pela rua e se deparou com dois adolescentes de 15 anos agredindo a vítima que já se encontrava caída.  Quando foi dada voz de abordagem os suspeitos saíram correndo, um dos agressores foi detido pelos policiais em frente ao Hotel Pires.

Durante a fuga o outro adolescente ainda teria atacado um militar com um bastão, causando um ferimento na mão esquerda. Para se defender, o policial disparou um tiro que não atingiu o adolescente. O menor acabou detido na esquina da Rua Ismael Pinto Siqueira com José Martins Vieira, quando tentava se esconder debaixo de um carro.

BULLYING – O dia 7 de abril foi instituído como Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola pela Lei 3015/11. A medida determina práticas pedagógicas que envolva as instituições de ensino no debate do combate ao bullying e à violência escolar no Brasil. 

No Paraná, foi instituída a Lei nº 17. 335, de 10 de outubro de 2012, que fortalece o combate ao bullying nas escolas públicas e privadas do Estado. A lei estadual é similar à federal, trazendo mudanças quanto às competências das instituições de ensino e a elaboração de um plano de ação com medidas preventivas ao bulllying.