Laboratório de refinamento de cocaína é fechado em Curitiba

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 02/08/2010
Um laboratório de refinamento de cocaína foi descoberto pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) em um apartamento da Avenida Salgado Filho, no bairro Guabirotuba, em Curitiba

Um laboratório de refinamento de cocaína foi descoberto pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) em um apartamento da Avenida Salgado Filho, no bairro Guabirotuba, em Curitiba. Foram aprendidos 26,3 quilos de cocaína, 6,6 quilos de basta base (suficiente para produzir 30 quilos da droga). Três homens e duas mulheres foram presos em flagrante.

A investigação começou há dois meses e as primeiras prisões ocorreram na madrugada de sexta-feira (30). No laboratório, também foram apreendidos, 300 gramas de crack e 23 gramas de maconha, além de 21 quilos de ácido bórico, 30 litros de acetona, 20 litros de éter e grande quantidade de álcool de cereais, usados no processamento da pasta base.

Segundo a polícia, o material apreendido foi avaliado em pelo menos R$ 500 mil. Também foram apreendidos um veículo marca Gol, uma caminhonete Toyota Fielder e outra Ford F250.

O delegado-chefe do Cope, Hamilton Cordeiro da Paz, disse que essa é uma das maiores apreensões feitas na capital nos últimos anos. “Desmontar o laboratório representa uma vitória da sociedade. Os traficantes estão destruindo a vida dos nossos jovens, que consomem drogas cada vez mais cedo e enriquecem os criminosos”, disse.

Para o secretário da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa, a ação do Cope reforça a atuação ativa da polícia, na identificação e prisão das quadrilhas que agem no estado. “O combate ao tráfico de drogas é prioridade desta administração e será intensificado. O desmantelamento das quadrilhas de traficantes reduz a criminalidade, uma vez que esse tipo de crime estimula a violência”.

Serpa afirmou que a participação da população é fundamental para o trabalho da polícia. “O combate ao tráfico de drogas tem de ser permanente e rigoroso, pois quando um traficante é preso, outros ocupam seu lugar. Por isso, além do trabalho policial, precisamos da participação da população pelo telefone 181 Narcodenúncia e pelo 190”, afirmou o secretário.

Prisão - A descoberta do laboratório e a prisão dos cinco suspeitos aconteceram depois de investigações do Grupo de Diligências Especiais da unidade. Foram identificadas três pessoas que traziam a pasta base de Foz do Iguaçu para Curitiba. As primeiras prisões ocorreram na madrugada de sexta-feira (30). Claudinei Antonio da Silva, 28 anos, Emerson Pereira de Souza, 25, e Eliane Aparecida da Silva, 32, todos moradores de Foz, foram surpreendidos com 2,129 quilos da pasta de cocaína, no bairro Rebouças, em Curitiba.

Os policiais seguiram outras pistas e encontraram o laboratório da quadrilha. Segundo a polícia, o trio fornecia pasta para José Meister, 52 anos, que era o químico que refinava a droga, antes de ser distribuída. Ele tinha recebido quatro quilos da droga. Meister foi preso em flagrante, no sábado, enquanto refinava a droga. Ele não resistiu à prisão e mostrou onde estava o restante da cocaína. Neiva Alves dos Santos, 38, companheira de Meister, também foi presa por associação com a atividade criminosa.

Todos foram autuados em flagrante por tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico. Dos cinco presos, apenas Silva possui antecedentes. Ele esteve preso por tráfico de drogas em Foz do Iguaçu. As mulheres foram encaminhadas ao Centro de Triagem I, na Travessa da Lapa, e os homens para o Centro de Triagem II, em Piraquara.

Processamento - conforme informado pela polícia, Meister afirmou que só processava cocaína e não gostava de produzir crack. Ele também teria dito que só vendia a droga no atacado, cobrando R$ 8 mil por quilo. “Segundo relatou, com um quilo de pasta base, ele fazia até quatro quilos de cocaína”, disse o delegado Hamilton da Paz.

O policial acrescentou que a droga, ao chegar nos ponto de venda a usuários, era misturada com outros produtos, dobrando de peso, e então era fracionada em buchas de cerca de um grama, vendidas por até R$ 100. “Acreditamos que a quadrilha é muito maior e por isso manteremos o caso em aberto até que todos os envolvidos estejam na cadeia”, afirmou o delegado.