Vítimas de chacina são veladas na Câmara de Marilândia em clima de comoção

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 07/08/2015
Grande número de moradores acompanharam sepultamento neste sábado (Foto: José Luiz Mendes)

As quatro vítimas da chacina que abalou Marilândia do Sul são veladas neste sábado (08) na Câmara Municipal. O velório está sendo realizado no Legislativo a pedido da comunidade do Distrito de São José, onde ocorreu a tragédia, e de familiares. O sepultamento está marcado para as 10 horas no Cemitério Municipal. Antes, às 9 horas, haverá uma missa na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores. 

O clima é de muita comoção entre os moradores da cidade. "Foi uma tragédia que chocou toda a população. A família era bem conhecida em Marilândia e todos estão tristes. É como se o luto estivesse na casa de cada morador", assinalou o prefeito Pedro Sérgio Mileski (PV). 

O CRIME 

O crime bárbaro foi descoberto às 12 horas desta sexta-feira (07). Quatro pessoas da mesma família foram assassinadas por um menor de 16 anos de idade no Sítio Santo Antônio, no Distrito de São José. 

O adolescente matou os avós Antônio Geraldo da Silva, de 52 anos, e Maria Helena da Silva, de 56 anos, e dois primos: Jonathan Conerado, de 11 anos, e Jhemily Conerado, de 8 anos. Segundo a polícia, o autor utilizou um machado, um martelo e um taco de beisebol para matar os familiares. O crime teria ocorrido na quinta-feira à noite (06), mas os corpos foram encontrados às 12 horas desta sexta-feira. 

De acordo com a polícia, após cometer o crime, o adolescente saiu com o carro do avô, um Chevrolet Agile. Populares relataram à PM que ele teria passado em um bar e contado que havia assassinado toda sua família, contudo, as pessoas não acreditaram. O veículo foi abandonado próximo a um lixão. Pela manhã, o adolescente foi para a escola normalmente e levou na mochila a arma do avô - um revólver calibre 32. Após a aula seguiu para um ponto de ônibus, onde foi apreendido pela PM e confessou o crime. 

Após matar a família, ele escreveu a palavra "ódio" com sangue na parede da cozinha da casa, onde ele também vivia. Os pais dele moram em outras cidades - a mãe em Curitiba e o pai no Rio Grande do Sul. 

Há um mês ele já teria tentado jogar veneno no poço que abastece o distrito. Segundo familiares, o garoto tomava remédios controlados e era muito violento.