Região extingue postos de trabalho pela 1ª vez em 5 anos

Autor: Da Redação,
terça-feira, 27/01/2015
Foto:  Arquivo Tnonline

A expectativa é de um aumento  no desemprego” Rogério Ribeiro, economista.  Pela primeira vez nos últimos cinco anos, a região de Apucarana registrou extinção de vagas de emprego.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o saldo de empregos das quatro principais cidades da região ficou negativo em 2014. Segundo economista ouvido pela Tribuna, o resultado é reflexo da situação ruim enfrentada pela economia brasileira. 

No somatório de Apucarana, Arapongas, Ivaiporã e Jandaia do Sul, o saldo de empregos fechou em menos 465. Bem diferente do registrado em 2013, quando foram criados 1.414 postos de trabalho, de 2012 quando foram abertas 3.320 vagas, em 2011 com 2.182 empregos e de 2010 com 1.517 vagas.

Em relação a 2013, a variação negativa foi de 132,9%. Apucarana teve o pior desempenho no último ano, quando 415 postos de trabalho foram encerrados no município. No ano anterior, o resultado foi positivo, com a criação de 404 postos de trabalho. Sendo assim, a queda registrada ficou em 202,7%. Arapongas e Jandaia do Sul tiveram desempenhos semelhantes. Enquanto que a primeira registrou baixa de 139 empregos, na segunda o número ficou em 159 negativos. No entanto, Arapongas vinha com a criação de 299 postos de trabalho em 2013, enquanto que em Jandaia, esse número era de 309.

As quedas foram na ordem de 146,4% e 151,4%, respectivamente. A situação em 2014 poderia ser ainda pior, não fosse pelo desempenho positivo de Ivaiporã. O município registrou a criação de 248 novos empregos. No entanto, o desempenho foi 38,3% inferior ao ano anterior, quando houve a criação de 402 empregos. Segundo o economista Rogério Ribeiro, de Apucarana, o resultado é um reflexo da atual conjuntura econômica brasileira. “Estamos tendo problemas desde os últimos quatro anos.

O governo, por ser um ano eleitoral, realizou em 2014 uma política econômica expansionista, o que causou um desequilíbrio. Este ano de 2015 deve ser de ajustes”, ressalta ele. Segundo ele, a situação atual é de demissões mantendo um ritmo constante e contratações em queda. “O que temos observado é que, nos últimos anos, aqueles que perderam o emprego não conseguiram se recolocar no mercado de trabalho. Além disso, o ritmo de primeiros empregos está também em queda.

Com o faturamento do setor industrial sem crescimento, a expectativa a curto prazo é de um aumento no desemprego de um modo geral”, afirma.