PM de Arapongas vai implantar canil

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 07/04/2010
Cães que serão treinados em Arapongas irão trabalhar no patrulhamento, nas buscas de entorpecentes e pessoas

Para procurar drogas, conter multidões, encontrar vítimas ou procurar foragidos... Várias são as frentes que os cães treinados podem atuar. No Brasil, o uso dos animais ainda é tímido comparado a outros países. Na região, isso pode mudar com a implantação do Canil da Terceira Companhia do 15º Batalhão da Polícia Militar de Arapongas. A corporação recebeu nesta semana uma visita da Comissão Examinadora que está colaborando na criação do canil na sede da PM em Arapongas.

A comissão, que é formada por representantes da Companhia de Choque de Curitiba, responsável pelo Canil Central da Polícia Militar do Estado Paraná; Conselho de Segurança Comunitário; Guarda Municipal; Universidade Norte do Paraná; Câmara de Vereadores e de uma empresa do segmento de ração animal, discutiu sobre a viabilização e o melhor local para a implantação do canil.

A construção terá um custo de aproximadamente R$ 20 mil, contará com área de 120 metros quadrados e capacidade de abrigar 10 cães. As obras da unidade, que ficará na sede da PM em Arapongas, têm previsão de início para o final do mês abril. Para o comandante do Canil Central do Paraná, lotado em Curitiba, tenente Willians Taurino Moreira, o espaço escolhido para a criação do canil é viável.

Ele explica que o animal irá somar com o trabalho da polícia nas ações operacionais como apreensão de drogas, resgates, buscas, abordagens e ainda será um elo para aproximar a comunidade da polícia. “O cão tem o poder de aproximar a polícia da comunidade com o carinho e a simpatia, já que a população tem afeto e boa aceitação pelo animal”, afirma, acrescentando que o custo de implantação do projeto é mínimo perto do benefício que unidade pode trazer à comunidade.

Ainda de acordo com o tenente, o cão dará um apoio aos policiais de forma especial, atuando nas limitações dos seres humanos. “O cachorro tem habilidades diferentes dos humanos como, por exemplo, o faro. Esse diferencial vem somar com a ação da polícia, como na busca de pessoas ou entorpecentes” , afirma.

Entorpecentes e desaparecidos

Segundo o capitão da Terceira Companhia, Ademir da Fonseca, os cães que serão treinados em Arapongas irão trabalhar no patrulhamento, nas buscas de entorpecentes e pessoas. Ele comenta ainda que o objetivo da criação do Canil é de ser referência no trabalho integrado.“Queremos fazer um canil simples, mas eficaz que humanize a ação do policial e contribua com a segurança no município”, destaca.

Com a aprovação da Comissão Examinadora, o próximo passo agora é resolver questões administrativas para que até o final do mês de abril possam estar funcionando o policiamento com cães na cidade.

A Terceira Companhia do 15º Batalhão da Polícia Militar de Arapongas já conta com profissional de adestramento e condução de cães, o soldado Paulo José dos Santos, que estava trabalhando no canil em Maringá. A previsão é que o soldado venha para Arapongas no final de Abril e traga consigo três cães aptos para trabalhar em conjunto com a polícia, sendo uma Labradora especializada em faro de entorpecentes, um Rottweiler para ajudar na patrulha e uma Bloodhound que trabalhará com faro na busca de pessoas.