Explosão de violência: polícia registra três assassinatos em Mauá da Serra

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 20/03/2013

Uma onda de violência registrada nos últimos meses assusta os moradores de Mauá da Serra, município de 8.870 habitantes situado entre Ortigueira, Marilândia do Sul e Faxinal e a 54 km ao sul de Apucarana.  Em menos de 24 horas, três pessoas foram assassinadas no município. O delegado Gustavo Dante não descarta a hipótese de que os crimes tenham relação.

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As vítimas foram um casal de jovens que vivia maritalmente e um idoso de 94 anos.

Neste ano sete pessoas já foram vítimas de homicídios em Mauá da Serra e duas sofreram tentativas de assassinato.

Ancião - José Gonçalves Vieira, de 94 anos, o "Zé do Bolo", morreu após ser baleado no final da tarde de terça-feira (19) em Mauá da Serra. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), Vieira foi atingido por projéteis de arma de fogo quando estava em uma rua da Vila Maria, próximo a sua residência.

Um genro do idoso viu a situação e chamou a PM. O ancião chegou a ser socorrido e encaminhado até um hospital da cidade, mas ao chegar ao local teve a morte constatada. De acordo com testemunhas, três pessoas suspeitas de envolvimento no crime foram vistas correndo nas imediações. A polícia vai investigar se o caso trata-se de homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte), mas conforme a PM, a hipótese de latrocínio é a mais provável.

Casal- Um duplo assassinato foi registrado também na Vila Santa Maria, em Mauá da Serra. O cadeirante Linicker Guimarães dos Santos 19 anos e uma moça de 16 anos foram assassinados a tiros na Avenida Paraná. O autor do crime fugiu. Nas partes íntimas de Liniker a polícia localizou drogas e uma arma de fogo. O casal havia se mudado há pouco tempo de Arapongas para Mauá da Serra. Conforme o Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana, a adolescente foi atingida por 18 projéteis de arma de fogo. 


Além dos três homicídios, a PM de Mauá também registrou na terça-feira um furto de veículo e um roubo ocorrido no Mercado Trizotti. Dois suspeitos de envolvimento no assalto foram presos. Populares afirmam que "Mauá é hoje uma terra sem leis". 

Na cidade o clima é de medo e a comunidade não sabe mais a quem recorrer. “O negócio está complicado, não dá tempo de atender tantos chamados” desabafou o policial militar Marcelo.

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