Palmeiras bate Vitória com gol aos 45 minutos do 2.º tempo

Autor: Da Redação,
domingo, 07/06/2009

Um jogo incrível no Palestra Itália. Após levar sufoco em quase toda a partida, o Palmeiras derrotou o Vitória por 2 a 1, com um gol do zagueiro Maurício Ramos aos 45 minutos do segundo tempo, pelo Campeonato Brasileiro. O resultado deixou o alviverde com oito pontos e encerrou um jejum de cinco partidas sem triunfo.

O jogo, marcado por equívocos do técnico Vanderlei Luxemburgo, contou com um erro de arbitragem no primeiro tempo, quando Marcos tirou uma bola de dentro do gol. O treinador alviverde, aliás, não pôde reclamar da falta de apoio da torcida - apenas Keirrison, ao ser substituído no segundo tempo, recebeu vaias.

Para evitar maiores cobranças da torcida, Luxemburgo deixou Fabinho Capixaba no banco e promoveu a estreia de Henrique na lateral-direita neste domingo. Mozart, outro contestado, foi mantido no meio-campo ao lado de Pierre. A intenção era bloquear as rápidas descidas do Vitória através de Apodi, o que não aconteceu na primeira etapa.

Na organização tática, o Palmeiras foi desastroso. A bola caia nos pés de Diego Souza no meio-campo, mas o jogador não tinha com quem trabalhar. Marcado, ele teve problemas e o clube não conseguiu ligar o ataque. Obina e Keirrison tiveram de recuar para procurar as jogadas, mas quase sempre foram desarmados.

Na defesa, um sufoco. O lateral-direito Apodi teve uma verdadeira avenida para descer e por várias vezes fez cruzamentos venenosos dentro da área alviverde. O Vitória só não marcou no primeiro tempo devido ao brilhantismo do goleiro Marcos, à falta de pontaria de Adriano e ao preciosismo de Vanderson.

Marcos, aliás, fez um verdadeiro milagre e literalmente tirou um gol do Vitória. Aos 40 minutos, Apodi cruzou na boca do gol. Roger cabeceou e o goleiro voou no canto direito. Ele tirou a bola após a linha, mas o trio de arbitragem, com a visão encoberta, mandou o lance seguir.

No intervalo, a torcida que estava nas numeradas vaiou e pegou no pé de Luxemburgo. Marcos, no entanto, defendeu os torcedores. Você não paga para ir ao teatro e ver um espetáculo ruim. A torcida é nosso reflexo, afirmou o goleiro, que ainda falou do lance da cabeçada. Meu corpo estava dentro, mas sinceramente não sei se a bola também estava.

Luxemburgo teve tempo para mudar o time no intervalo, mas não o fez. O Vitória agradeceu e marcou o gol logo no primeiro minuto da etapa final. Em contra-ataque, Leandro Domingues recebeu lançamento e bateu para o gol. Marcos fez a defesa e deu rebote. Totalmente livre, Apodi só empurrou para as redes: 1 a 0.

Só após levar o primeiro gol que o treinador do Palmeiras fez modificações. Mozart e Henrique, apagados, saíram para as entradas de Ortigoza e Souza, respectivamente. Na questão tática, o clube alviverde continuou perdido, cheio de buracos na defesa. O time, no entanto, passou a pressionar o Vitória na base da vontade e do apoio da torcida.

E de tanto martelar, o Palmeiras encontrou o empate. Aos 20 minutos, Cleiton Xavier deu passe para Ortigoza. O paraguaio entrou na área e bateu na saída de Viáfara. O empate não só deu mais empolgação para o clube alviverde, como deixou o jogo no Palestra Itália dramático, em alta velocidade.O Palmeiras foi todo para o ataque - Deyvid Sacconi entrou na vaga de Keirrison. O Vitória continuou a apostar nos contra-ataques. Aos 28 minutos, um lance sensacional. Roger saiu na cara do gol e chutou. Marcos defendeu. Na sequencia da jogada, Leandro Domingues chutou de longe e acertou o travessão.

O time baiano teve tudo para definir a partida. Mas aquele velho ditado do futebol castigou os baianos: quem não faz, toma. Aos 45 minutos, Cleiton Xavier cobrou escanteio. O zagueiro Maurício Ramos apareceu de surpresa e testou para o fundo das redes. Na comemoração, ele abraçou Keirrison no banco de reservas.