Peroba vira alvo de caça em toda região

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 01/08/2011
Peroba vira alvo de caça em toda região e proprietários rurais são as principais vítimas, tendo suas casas e tulhas desmanchadas por criminosos. Tábuas e caibros são enviados para São Paulo e Minas

A escassez de madeiras nobres para confecção de móveis finos levou comerciantes e designers a inovar. A alternativa foi repaginar o material existente. A peroba rosa, por exemplo, vastamente explorada no Norte do Paraná, durante a colonização, na construção de casas, paióis, tulhas e currais, é uma das madeiras mais cobiçadas no mercado moveleiro. O valor de uma tábua de peroba rosa custa, em média, R$ 18. O dobro de outras madeiras comuns. A valorização do produto chamou a atenção de ladrões. Nos últimos meses na região foram registrados sete casos de furtos de madeira de peroba rosa.

Para levar o madeiramento, os criminosos não medem esforços. Segundo relatos das vítimas, a ação é realizada em grupo e dura de duas a três horas. O bando, na maioria das vezes, desmancha as construções, deixando apenas a edificação. Em Sabáudia foram registrados três furtos em menos de quinze dias. Uma das vítimas, o pedreiro João Batista Zatoni, proprietário de um sítio na Vila Progresso, teve as tábuas furtadas da antiga casa em que os pais moravam. “Também levaram as madeiras da mangueira. Ao todo, furtaram cerca de 60 peças de peroba rosa”, relata. O prejuízo está avaliado em R$ 1,5 mil.