Um vereador de Quirinópolis, Goiás, será investigado pela Justiça por ter compartilhado uma foto onde aparece armado, com a seguinte mensagem: "PT comigo é na bala", em um grupo de produtores rurais do município. Marcos Túlio Barroso foi eleito vereador pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).
A Polícia Civil informou que foi aberto um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo artigo 286 do Código Penal, que trata sobre a incitação pública à prática de crime.
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De acordo com a defesa de Marcos Túlio, a foto se trata apenas de uma brincadeira ligada ao momento político e que o vereador não tinha a intenção de ameaçar alguém.
O PSB tomou parte no caso e decidiu, na segunda-feira (17), suspender a filiação de Barroso, além de determinar o afastamento do político de suas funções partidárias e a instauração de processo ético-disciplinar. "Tais fatos são inadmissíveis, uma vez que o PSB integra a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva. Outro ponto que nos causa indignação é a violência demonstrada pelo vereador, que ameaça não apenas os integrantes do Partido dos Trabalhadores, mas também a todos os apoiadores de Lula, inclusive do PSB", informou o partido através de uma nota.
Católico e armamentista
O vereador conversava com membros do grupo e disse que é católico e armamentista antes de enviar a foto com a arma na mão.
"Sempre fui e sempre serei Bolsonaro. Sou de direita, católico e armamentista, sou CAC [colecionador, atirador desportivo e caçador]", esclareceu o político.
Um membro respondeu a mensagem escrevendo: "Amém marquinho, vamos juntos". Logo em seguida, ele enviou a foto com a arma na mão.
O que diz a defesa do vereador?
"Marcos Túlio Barroso, por meio de sua assessoria jurídica, vem a público esclarecer que tem circulado na internet uma foto extraída por meio de print de Whatsapp, na qual, em um momento de descontração no grupo de pessoas amigas e idôneas, realizou uma brincadeira relacionada ao momento político.
Frisa-se que a foto foi extraída com o dolo de destruir a imagem do Sr. Marcos Túlio Barrosom sendo tirada do contexto da conversa.
Importante esclarecer que Marcos Túlio Barroso não teve qualquer intenção ameaçadora e/ou discriminatória a quem quer que seja, tendo em vista que no referido grupo existem integrantes ligados aos mais variados partidos políticos, ressaltando ainda que não cometeu qualquer ilicitude.
Assim, Marcos Túlio Barroso reconhece que, em especial por ser homem público, não deveria, ainda que em grupo de amigos do Whatsapp, ter procedido desta maneira.
Diante dos fatos, pede desculpas pelo episódio, reiterando que, apesar da brincadeira infeliz, possui compromisso com a democracia, já demonstrada por todos os seus anos de vida pública, trabalhando em prol da sociedade."