Conteúdos de campanha do candidato do PSOL à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), voltaram a ser alvo da Justiça Eleitoral neste início de segundo turno da disputa. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou ontem, por meio de decisões liminares, que a candidatura de Boulos retire três vídeos do ar por ataques contra o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB).
No primeiro vídeo, há uma cena teatral em que amigos secretos foram agraciados com favorecimentos ilegais por Nunes, que recebe em troca "presentes" pelos benefícios. O juiz Murillo dAvila Vianna Cotrim disse que "a forma como realizada a veiculação contém insinuação apta a caracterizar ofensa e ataque pessoal". Ele concedeu direito de resposta a Nunes na rede social do candidato do PSOL.
Em outra publicação, Boulos acusa Nunes de ter praticado crime de corrupção e improbidade administrativa. A juíza Claudia Barrichello - que anteontem já mandara tirar do ar um vídeo em que o deputado dizia que o prefeito tem que "responder por boletim de ocorrência contra mulher" - defendeu que as propagandas impugnadas têm "como objetivo macular a sua (de Nunes) imagem e honra".
Outro alvo de liminar da Justiça Eleitoral é um vídeo sobre operações da Polícia Civil para combater atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema de transporte público. "Como o PCC se infiltrou no bilionário sistema de ônibus de SP" e "Milícia da cracolândia manobra usuários para cobrar propina de comércio" aparecem no material. Há citação ainda de que Nunes trouxe o crime organizado para São Paulo. O juiz Rodrigo Marzola Colombini determinou a exclusão da publicação.