Tarcísio usa imagem com Musk gerada por IA para divulgar projeto de mudança de sede

Autor: Henrique Sampaio (via Agência Estado),
segunda-feira, 16/12/2024

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), utilizou inteligência artificial (IA) para divulgar a mudança da sede do governo paulista para o centro da capital.

Em uma publicação nas redes sociais, Tarcísio compartilhou uma imagem gerada por IA na qual aparece ao lado do bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter). Na legenda, afirmou: "Talvez digam por aí que é inteligência artificial, mas a verdade é que sou eu levando o Elon Musk para dar uma volta no centro da capital".

A imagem traz falhas e manchas na camisa e no cabelo de Musk, além de apresentar Tarcísio com suas características marcas e cicatrizes no rosto atenuadas.

A publicação acompanha, com alguns dias de atraso, a onda de memes e imagens com políticos e artistas geradas por meio da ferramenta de IA Grok, do próprio Elon Musk, que recentemente foi liberada gratuitamente a todos os usuários do X. A ferramenta, que tem uma linguagem "rebelde", é uma das únicas gratuitas que permite a geração de imagens com personalidades públicas.

O projeto prevê a transferência da sede do governo do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, para os Campos Elíseos, região central da capital. O custo estimado é de R$ 4 bilhões, com início das obras programado para março de 2025 e conclusão até 2029. O novo prédio será erguido próximo à área conhecida como Cracolândia, marcada pelo consumo de drogas e operações policiais violentas contra os usuários.

A publicação acontece poucos dias após o governador se manifestar sobre as ações violentas da Polícia Militar, assumindo a existência de uma crise de segurança pública no Estado. No dia 6, Tarcísio admitiu que sua retórica na área de segurança pública, ao enfatizar o uso da força policial, pode ter influenciado o aumento da violência policial no Estado. O chefe do Executivo estadual também destacou que a maior preocupação dos paulistanos hoje é com a segurança pública, que classificou como "uma ferida aberta".