O senador Sergio Moro (União Brasil) cumpriu agenda em Apucarana (PR) nesta quinta (20) e sexta-feira (21). Em entrevista nos estúdios do TNOnline e da Tribuna FM, ele descartou uma candidatura à Presidência da República, mas admitiu que pode disputar o governo do Estado em 2026. Ele também reafirmou seu apoio à pré-candidatura a prefeito do advogado Rodolfo Mota (União Brasil). Moro afirmou ainda que um de seus focos nas eleições deste ano no interior do Paraná é justamente o apoio a Rodolfo Mota. Veja abaixo a entrevista na íntegra
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Questionado sobre a pretensão de ser candidato a presidente da república, Sérgio Moro negou com veemência. “Nem pensar. Meu tempo já passou. Mas vamos pensar alguém pra derrubar o Lula e o PT”, disse. O senador não descartou, no entanto, que possa entrar na disputa para o Governo do Paraná em 2026. “Aqui no Paraná, queremos evitar a reprodução do que está acontecendo lá em Brasília, com o governo Lula, que está sendo um desastre”, diz.
Ele afirmou que pode entrar na disputa pelo Palácio Iguaçu. “Lá em 2026, a gente vai fazer essa avaliação, mas sim, há essa possibilidade. O que não faremos é deixar o PT assumir o Governo do Paraná e eu creio que sou um nome forte para conseguirmos isso”.
Apoio a Mota
Para as eleições municipais de outubro, ele demonstrou foco na campanha de Rodolfo Mota. “Aqui em Apucarana, temos o Rodolfo Mota, que é uma pessoa que confiamos bastante”, disse. Sérgio Moro também demonstrou bastante expectativa diante do projeto político do apucaranense. “O que a gente percebe quando circula pela cidade é que existe um reconhecimento, um apreço da população e isso é muito importante”, diz.
Moro também anunciou o envio de recursos através de emendas parlamentares para algumas instituições. “Visitamos algumas instituições de Apucarana e de Arapongas e destinei algumas emendas parlamentares. Verbas destinadas à assistência social e à saúde. Também vamos investir em um laboratório de pesquisa e desenvolvimento da indústria têxtil, que sabemos que é essencialmente importante para Apucarana e região”, salienta.
Os recursos mencionados por Moro são uma emenda no valor de R$ 273 mil para a Apae de Apucarana, R$154 mil para a ONG Edhuca, R$ 140 mil para o Lar Sagrada Família, R$ 600 mil para a Universidade Tecnológica Federal de Apucarana (UTFPR) e R$ 1 milhão para o Hospital Norte do Paraná (Honpar), de Arapongas.
O pré-candidato a prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, que acompanhou o senador, afirma que o apoio de Moro é fundamental em seu projeto. “O Moro foi o senador mais votado de Apucarana nas últimas eleições e, dentro de um ano e meio de mandato, já cumpriu agendas duas vezes em Apucarana. Há mais de 20 anos não tínhamos um senador presente assim”, pontua.
Para Sergio Moro, o governo federal e o PT não irão bem nas urnas no âmbito municipal. “Eu creio que o Lula e o PT serão os grandes derrotados porque a gestão está muito ruim”, afirma.
Ameaças do PCC e processo de cassação
Sérgio Moro lembrou, durante a entrevista, o plano da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrá-lo, que foi desarticulado pela polícia em março de 2023.
“Logo que eu assumi, já surgiu aquela história de um plano do PCC contra mim pelo trabalho feito como Ministro da Justiça. Houve a investigação, as pessoas foram presas, o grupo foi desmantelado. Mas o perigo permanece”, pontua.
Quanto ao processo de cassação que seu mandato enfrentou no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) este ano, impetrados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL), o parlamentar afirma que se sentiu com a “espada no pescoço”.
Moro também lembrou que a expectativa nos bastidores da política era intensa por conta de sua possível saída do cargo.
“Tinha gente até se lançando candidato sem ter a ação julgada”, conta.
Entrevista na íntegra: