A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, disse que "as tecnologias, hoje, oferecem a possibilidade de morte até de liberdades se não forem devidamente reguladas". Ela comparou as redes sociais à invenção do carro, que foi sucedida por regulações. "A gente não permitiu que alguém alucinado no volante de um carro pudesse matar o outro que nada tenha a ver com essa escolha de morte e vida do primeiro".
A ministra ainda disse que é "fake news" a afirmação de que uma regulação das redes sociais seria uma forma de censurar a livre expressão. Ela falou na manhã desta sexta-feira, 4, na abertura de encontro com convidados internacionais sobre as eleições deste domingo (6).
De acordo com Cármen, a inteligência artificial agravou o problema da desinformação porque acrescentou a "verossimilhança de fatos, dados e até imagens que confundem o cérebro humano".
"O cérebro confundido não é um cérebro livre, ele não pode fazer escolhas livres, porque ele não tem o prumo necessário, o raciocínio necessário para que a liberdade crítica se estabeleça", afirmou a ministra.