O congelamento do salário dos servidores estaduais até dezembro de 2021, proposta enviada pelo Executivo no início de julho, na forma de uma emenda ao projeto original da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2021, não será acatado pelo deputado Tiago Amaral (PSB), relator da proposta na Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa do Paraná.
A decisão foi tomada essa semana, em reuniões entre a Casa Civil, secretaria da Fazenda e deputados que fazem parte da Comissão de Orçamento, para alinhar os últimos detalhes do texto. O reajuste será objeto de avaliação do governo ao término do exercício de 2020, de acordo com o cenário fiscal do Estado.
De acordo com Tiago Amaral essa foi uma decisão em conjunto com o Governador Carlos Massa Ratinho Junior, o chefe da Casa Civil, Guto Silva, o líder do Governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri (PSD), o presidente da Comissão de Orçamento, deputado Evandro Araújo (PSC), e o deputado Adriano José (PV), vice-líder do Governo na Assembleia.
Na ocasião, o governo alegou que a medida era necessária por causa da queda de receita provocada pela pandemia da covid-19. O deputado Tiago Amaral apresentará o relatório na semana que vem. Primeiro ele será votado na Comissão de Orçamento e na sequência em Plenário.
Parcelamento – Em 2019, o governo propôs reajuste de 5,08% para os servidores, parcelado em três vezes. Em janeiro de 2020, foram pagos 2%. Outras duas parcelas de 1,5% estavam previstas para serem pagas em janeiro de 2021 e janeiro de 2022. Caso a emenda fosse aprovada, a segunda parcela seria automaticamente suspensa.