O PP formalizou nesta terça-feira, 29, o apoio à candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara. A reunião da bancada contou com a presença do presidente do partido, o senador Ciro Nogueira (PI), do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e do ministro do Esporte, André Fufuca, integrante da sigla, além do líder da bancada, Doutor Luizinho (RJ).
Motta também compareceu ao encontro dos deputados do PP. A decisão da bancada foi unânime. Mais cedo, o Republicanos formalizou a candidatura e Lira declarou de forma pública que escolheu o deputado paraibano para sua sucessão.
O pleito ocorrerá em fevereiro, e Motta tem como adversários os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA).
Motta se tornou o candidato de Lira após uma reviravolta em setembro. O candidato do Republicanos era o próprio presidente nacional do partido, Marcos Pereira (SP), que abriu mão da candidatura em favor de Motta. O presidente da Câmara, até então, sinalizava que indicaria Elmar para o cargo. A mudança de planos gerou um rompimento entre Lira e o líder do União Brasil, que se aliou a Brito.
O líder do Republicanos é próximo de Lira e de Ciro Nogueira. Na primeira eleição de Lira para a presidência da Câmara, em 2021, Motta foi o "anfitrião" na Paraíba. O deputado alagoano contava com um "chefe de campanha" em cada Estado. A relação entre os dois, segundo interlocutores, é de "respeito" e "amizade".
Apesar de ser hoje próximo ao governo petista, Motta votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Na época, ele era do mesmo partido e aliado de Eduardo Cunha, algoz de Dilma.
Ele fazia parte de um grupo de deputados conhecidos como a "tropa de choque de Cunha". Esse time incluía também Lira, Fufuca, Carlos Marun (MDB-MS) e Wellington Roberto (PL-PB), Cacá Leão (PP-BA).