O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou nesta terça-feira, 5, a reforma ministerial a substituições de jogadores feitas por um técnico durante um jogo de futebol. Ele também disse que é difícil comunicar demissões de ministros. Lula está nas últimas tratativas para abrigar o Centrão dentro do governo. O bloco será representado por Silvio Costa Filho (Republicanos-PE, que deve assumir Portos e Aeroportos) e André Fufuca (PP-MA, que deverá comandar uma versão turbinada do Ministério do Esporte). O principal entrave à reforma é o que fazer com Márcio França, atual ministro dos Portos e Aeroportos. Ele tem demonstrado resistência a deixar o cargo. "É sempre muito difícil chamar alguém para dizer 'olha, eu vou precisar do ministério porque fiz um acordo com um partido político e preciso atender', mas essa é a política", declarou o presidente da República. Ele disse que o governo precisa construir uma maioria de votos no Congresso para aprovar seus projetos prioritários. A partilha de poder por meio da nomeação de ministros é uma das formas de obter apoio dos partidos no Legislativo. A entrada de PP e Republicanos no governo é negociada há meses. Auxiliares de Lula já deram os anúncios como iminentes diversas vezes no período, mas o presidente vem adiando a decisão. Há a expectativa de que o presidente resolva o caso até quinta-feira, 7, quando embarca para a Índia depois do desfile do Dia da Independência. O petista falou no programa
Conversa com o Presidente, uma espécie de live semanal de Lula produzida pela EBC.