O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, não acredita na possibilidade de nacionalização do segundo turno das eleições municipais em São Paulo, apesar do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro a Ricardo Nunes (MDB) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Guilherme Boulos (PSOL).
Em entrevista à Rádio Eldorado, ele disse que a nova etapa não será diferente do primeiro turno, quando houve pouca participação dos "padrinhos" políticos de Nunes e Boulos. "A grande diferença do segundo turno é que os eleitores vão conhecer os candidatos com mais profundidade. O candidato quase fica nu diante do eleitor", afirmou Kassab nesta quinta-feira, 10.
Ele destacou como fundamental para Nunes o apoio de Tarcísio de Freitas, mas disse que o governador paulista não entrou ideologicamente na campanha nem fará distinção no relacionamento com Boulos caso o candidato do PSOL seja o eleito.
Na entrevista, Kassab também negou que o PSD tenha feito um "ataque especulativo" ao PSDB, como sugeriu o presidente nacional da legenda, Marconi Perillo, ao comentar o mau resultado da agremiação nas eleições e a perda de filiados. Ele não considerou a fala de Perillo como agressão. "O PSDB foi perdendo musculatura e não se renovou. Os que saíram iam sair de qualquer maneira. O crescimento do PSD não foi às custas do PSDB", enfatizou.