A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, defendeu a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e afirmou que as publicações do dono do X, Elon Musk, mostram uma "ação coordenada contra a democracia". Em sua avaliação, a ação de Musk "visa o lucro".
"Novamente não me surpreende a postura do Sr. Elon Musk que, nos últimos dias, tem feito uma série de postagens atacando a soberania brasileira, personificando esses ataques ao Ministro do STF, Alexandre de Moraes", escreveu Janja no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira, 8.
De acordo com a primeira-dama, o anúncio de Musk de liberar contas que haviam sido bloqueadas por decisões judiciais "é um desrespeito a uma decisão do judiciário brasileiro". "Esses perfis são utilizados para disseminar fake news, ódio e misoginia, e também para sustentar a tentativa de golpe do 08 de janeiro de 2023", pontuou.
Em dezembro do ano passado, Janja teve sua conta na rede social hackeada. Dias depois, ela disse que iria processar a plataforma e criticou o dono do X e o modelo de monetização das plataformas.
"Elon Musk ficou muito mais milionário com aquele ataque. É essa a questão. A gente precisa não só a regularização das redes, mas a gente precisa discutir a monetização das redes. Porque hoje, não importa se é do bem ou do mal, eles ganhando dinheiro tá tudo bem", disse Janja na época.
Segundo a primeira-dama, "as plataformas, além de obedecerem às decisões judiciais de cada País, devem ser responsabilizadas pelos crimes cometidos dentro dela". "Volto a repetir que esse tipo de ação do X, além de ser uma ação coordenada contra a democracia, também é uma ação que visa lucro e o mundo civilizado não pode ficar de joelhos frente a essa articulação da extrema direita, que tenta corroer nossa sociedade."
O embate entre Moraes e Musk se intensificou após o bilionário acusar o magistrado de promover uma censura no Brasil ao ordenar a retirada de conteúdo e de bloqueio de perfis investigados por ataques às urnas eletrônicas. Depois de ameaçar descumprir as ordens judiciais, o empresário foi incluído no inquérito das milícias digitais como investigado.