O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 17, que já fez críticas ao primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, mas que, a partir de sua reeleição, a oposição "esculhambou" a República. Haddad citou um artigo, escrito em 2017, que aponta equívocos do primeiro mandato de Dilma e disse que ela mesma já reconheceu erros.
"A presidente Dilma já admitiu publicamente que não faria as desonerações no patamar de fez. Não temos problema com isso. Depois da reeleição de 2014, tenho mais dificuldades de fazer críticas porque a oposição esculhambou a República", afirmou o ministro a deputados durante sessão conjunta de comissões na Câmara.
Haddad disse que a "esculhambação" começou com a oposição não reconhecendo o resultado das urnas.
"No dia seguinte à reeleição, a oposição começou a arguir, pedir recontagem de votos, arguir a urna eletrônica, essas bobagens todas começaram em 2014. A partir de 2015, veio o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e aquela bagunça que ele fez. Aquilo foi um assassinato da República. Acabaram com a República, eram pautas bombas. Para cada medida que mandava, ampliava a lista de desonerações em 500%. Como vai criticar uma pessoa que não teve a vitória reconhecida e foi sabotada? Estamos até hoje pagando o preço dessa aventura", comentou o ministro.
Educação
Haddad teceu críticas, também, ao governo Bolsonaro, usando o exemplo do Ministério da Educação. Ele disse que ao longo daquela gestão, em quatro anos, foram cinco ministros da Educação, sendo que um deles saiu preso.
"Passei sete anos à frente do Ministério da Educação batendo recordes", afirmou Haddad.