O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estendeu, pelo terceiro mês consecutivo, investigação interna que busca identificar quem agrediu no fim de maio a jornalista Delis Ortiz, da TV Globo. Na ocasião, a jornalista tomou um soco no peito enquanto fazia a cobertura da visita do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Palácio do Itamaraty em Brasília a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de já ter prorrogado o caso por mais de dois meses, o ministro-chefe do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, afirmou ao Estadão que a investigação "será encerrada em breve".
O Estadão apurou que o GSI identificou o agressor. Trata-se de um militar do Exército brasileiro que era coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional na ocasião.
O episódio foi filmado, mas o GSI já usou até as férias da jornalista como justificativa para a demora. Ela só foi ouvida oficialmente sobre o caso no fim de junho.
Depois da agressão, o GSI informou que afastou do serviço todos os militares presentes no local durante o episódio. Isso foi feito, preliminarmente, até a investigação ser encerrada.
Maduro veio ao Brasil em visita oficial. Na época, Lula minimizou problemas do país vizinho e isentou Maduro de responsabilidades sobre a crise econômica que atinge aquele país. O petista ainda criticou as sanções que recaem sobre o regime chavista. "É o começo da volta do Maduro", afirmou o petista, que classificou o encontro como um "momento histórico".