O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta segunda-feira (23) no Palácio Iguaçu, em Curitiba, de um almoço com dezenas de empresários de diversas regiões do Paraná. Durante o encontro, ele apresentou um resumo com os principais números econômicos e sociais que ajudam a explicar a evolução do Estado em diferentes áreas nos últimos anos.
Ratinho Junior iniciou a sua apresentação destacando os principais índices econômicos do Estado, como o crescimento de 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. “Este resultado é exatamente o dobro da média nacional, que foi de 2,9%, e está acima de países desenvolvidos, como Portugal, Estados Unidos e China”, afirmou.
O governador também mencionou o crescimento de 8,3% no Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Paraná em junho deste ano, um indicador medido pelo Banco Central para análise conjuntural da economia dos estados. Neste período, o IBCR paranaense ficou acima da média nacional, que foi de 3,1%, e também superou o desempenho de estados como São Paulo (5,6%), Santa Catarina (4,4%), Rio de Janeiro (3,1%) e Rio Grande do Sul (2,2%).
Em termos setoriais, houve crescimento de 3,5% na indústria, de 6,9% no turismo e de 7,4% nos serviços nos 12 meses mais recentes analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todos os índices ficaram acima da média nacional neste período.
Um dos impactos diretos desse crescimento econômico acelerado pode ser visto na geração de emprego, também destacada por Ratinho Junior. Atualmente, o índice de desemprego no Paraná está em 4,4%, patamar abaixo de países como a Alemanha (6%), Canadá (6,4%), França (7,5%) e Índia (7%).
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“O número de desempregados caiu pela metade desde 2019 no Paraná, passando de 560 mil para 279 mil pessoas, o que fez com que atingíssemos a menor taxa de desemprego da última década”, disse o governador.
AMBIENTE DE NEGÓCIOS – Para além dos investimentos diretos feitos pelo poder executivo, Ratinho Junior creditou o bom desempenho estadual à política de atração de investimentos privados, que desde 2019 totalizaram R$ 285 bilhões em novos empreendimentos, ou na ampliação de atividades preexistentes. Segundo ele, este volume recorde está relacionado ao bom ambiente para negócios propiciado pelas melhorias de infraestrutura e a desburocratização dos processos ligados às empresas.
Como exemplos destas políticas, o governador citou a redução do tempo médio para abertura de empresas, que passou de 8 dias e 18 horas, em 2019, para apenas 8 horas atualmente, e o decreto de baixo risco que dispensa 700 atividades econômicas de licenciamento e que já beneficiou 17 mil empresas.
LOGÍSTICA DE PONTA – Paralelamente, o Estado avançou em diversos projetos estruturantes, sendo o mais emblemático deles novas concessões de mais 3,3 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais. “Trata-se do maior pacote de obras rodoviárias da América Latina, com R$ 60 bilhões de investimentos previstos em obras nos próximos anos e que está servindo de modelo para outros estados”, afirmou Ratinho Junior.
Para escoar a produção que passará pelas estradas, o Paraná avançou na concessão das áreas portuárias no Porto de Paranaguá, com a arrecadação de R$ 3,4 bilhões. A expectativa é de que o setor privado efetue as melhorias necessárias para que o porto, que superou 65 milhões de toneladas de cargas movimentadas no ano passado, continue a ampliar a sua capacidade.
De forma complementar, o executivo está investindo R$ 592 milhões no novo moegão portuário, ampliando também a capacidade ferroviária de 550 para 900 vagões diários. A obra deverá fazer com que cerca de 50% da produção que segue para outros destinos via Porto de Paranaguá chegue por meio do modal ferroviário.
Também na área de infraestrutura, estão outros R$ 11,2 bilhões de investimentos a serem feitos pela Sanepar até 2028, incluindo R$ 4 bilhões em Parcerias Público-Privadas (PPPs). “Com isso, o Paraná será o primeiro estado brasileiro a alcançar a meta de universalização do saneamento básico, com níveis semelhantes ao de países europeus”, garantiu.
A Copel, cujo processo de transformação em corporação foi concluído recentemente, apresenta em 2024 um investimento recorde de R$ 2,4 bilhões. Nestes investimentos, estão a implantação de 20 novas subestações para distribuição da energia em todo o Estado e o programa Paraná Trifásico, com 25 mil quilômetros de novas redes trifásicas.
“O Paraná Trifásico é o maior legado que deixaremos para o agronegócio, pois com ele os produtores passaram a ter capacidade de ampliar muito a sua produção, transformando as pequenas propriedades em verdadeiras agroindústrias, o que contribui diretamente com o PIB e com a vocação do Paraná de ser o grande supermercado do mundo”, disse.
Com uma população crescente – que passou de 9,5 milhões para 11,8 milhões nos últimos 24 anos – o Estado também tem investido forte na área habitacional. Por meio do programa Casa Fácil Paraná, feito em parceria com a União, municípios e a iniciativa privada, um aporte de R$ 1 bilhão do Tesouro estadual ajudou a fomentar R$ 15 bilhões em obras de novas casas e apartamentos.
Ratinho Junior citou ainda a revitalização da orla de Matinhos, a construção da ponte de Guaratuba, no Litoral, o Trevo Cataratas, em Cascavel, no Oeste, e a pavimentação da rodovia dos minérios e da PRC-280 feitas inteiramente de concreto. “São obras emblemáticas aguardadas há décadas e que ajudam a demonstrar como buscado destravar a infraestrutura estadual e fomentar a economia”.
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Para corroborar o conceito de supermercado do mundo, o governador lembrou que o Estado é líder nacional na produção de carne de frango e peixe e vice-líder em produção de carne suína, ovos e leite. Nos últimos 10 anos, as exportações paranaenses, ligadas diretamente ao agronegócio, passaram de 153 para 172 destinos internacionais e alcançaram em 2023 o maior valor da história, totalizando US$ 25,2 bilhões.
Por fim, o governador ainda citou outros segmento em que o Paraná lidera em nível nacional, como o fato de possuir a melhor educação do Brasil segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ser considerado por quatro anos consecutivo o estado mais sustentável do Brasil pelo Ranking de Competitividade dos Estados e ter sete das dez cooperativas mais valiosas da América Latina. Citou, ainda, grandes projetos em andamento, como o Pompidou de Foz do Iguaçu e a Fábrica de Ideias de Curitiba.