O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou, na tarde desta sexta-feira (1º), que "não desistiu de nada", fazendo menção à sua filiação ao União Brasil e eventual desistência da posição de pré-candidato à presidência.
"Eu não desisti de nada, muito menos do meu sonho de mudar o Brasil. Pelo contrário, sigo firme na construção de um projeto para o país".
Na quinta (31), entretanto, Moro publicou, nas redes sociais, um comunicado onde afirmou que deixava, "por enquanto", a pré-candidatura.
Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", disse Moro, em nota oficial.
Em coletiva nesta sexta, Moro declarou, ainda, que não será candidato a deputado federal, contrariando o que disse o secretário-executivo do partido na quinta (31).
"Ambiciono, isso sim, um Brasil melhor, com mudanças reais, com empregos, saúde e educação de qualidade, sem fome, com desenvolvimento inclusivo e sustentável, sem corrupção e sem injustiças".
Sobre a filiação repentina ao União Brasil, Moro justificou que a intenção dele é de "auxiliar a unificação do centro democrático, exigência para derrotar o populismo e o radicalismo que ameaçam a nação".
"Meu movimento político exigiu desprendimento e humildade. Não foi a escolha de um atalho fácil, mas de um caminho longo e árduo. Mas, reafirmo: sinto-me agora mais fortalecido, ao lado de grandes forças políticas, para avançar em minha pretensão, sabendo que ela fará parte de uma construção coletiva".
Moro também falou que, agora, "sente-se mais fortalecido ao lado de grandes forças políticas para avançar em minha pretensão".
"Não colocarei meus interesses pessoais à frente dos interesses do país [...] Precisamos – e isso é fundamental - que a sociedade civil e a população se ergam e nos auxiliem. É uma responsabilidade de cada um e de todos. Se não nos mobilizarmos, não conseguiremos evitar o abismo dos extremos e do ódio".
Fazendo menção à saída do Podemos, Moro disse que sabe que "muitos estão desapontados e outros com medo de se insurgirem". Ele continua: "Devemos, porém, evitar a resignação".
"Em meu novo partido, o União Brasil, serei um soldado da democracia [...] Quero solicitar aos meus simpatizantes, dentro ou fora dos partidos, que até aqui me deram grande apoio, que continuem firmes e mobilizados. Nós vamos reforçar a luta em defesa do futuro de nosso país", finalizou.
A reportagem é do G1.