As eleições municipais de 2024, realizadas em primeiro turno no último dia 6 de outubro, registraram o recorde de mulheres eleitas para o cargo de prefeita no País, somando 724 mulheres e podendo chegar a 742 se todas que estão disputando o segundo turno forem eleitas.
Nos 29 municípios da região de Apucarana, onde há apenas o primeiro turno, foram eleitas três prefeitas no pleito deste ano (10,3%). São elas Rosana Ferreira Lopes, a Rosana do Ná (Republicanos), em Bom Sucesso; Ana Lúcia Oliveira (MDB), em Cambira; e Elaine Maria Ferreira Costa (PL), em Marumbi.
Em todo o Paraná foram eleitas 36 prefeitas no pleito deste ano, representando 9,11% dos 399 municípios. Ainda há quatro candidatas disputando o segundo turno. Duas em Ponta Grossa, com a atual prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil) e a deputada estadual Mabel Canto (PSDB); uma em Curitiba, com Cristina Graeml (PMB); e uma em Londrina, com a Professora Maria Tereza (PP).
Pela primeira vez o número de gestoras eleitas para o executivo chegou a 700, com o percentual de 15%. O Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) vê com otimismo o aumento de eleitas, mesmo que seja de maneira lenta e gradual.
Noventa e seis anos após a primeira prefeita eleita no Brasil, a eleição de mulheres ao cargo de prefeita é crescente desde então, com exceção das eleições municipais de 2016, único ano em que o número de eleitas diminuiu. O número de mulheres eleitas este ano, além de ser o maior já registrado, representa mais do que o dobro em 24 anos.
A eleição de mais gestoras representou a mudança do cenário de mulheres à frente do executivo municipal em alguns Estados. Em dezesseis deles foi registrado aumento no número de eleitas, sendo eles Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Enquanto Roraima, Goiás e Piauí mantiveram o mesmo número de prefeitas eleitas no pleito de 2020 e, por outro lado, Acre, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná e Rio Grande do Sul registraram uma queda no número de eleitas.
Em 1929 foi eleita a primeira mulher prefeita do Brasil e da América Latina, Alzira Soriano, no Município de Lajes, no Rio Grande do Norte. (COM CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS)