Na noite desta quinta-feira (3), o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, João Doria, concedeu uma entrevista à CNN e afirmou que, se vencer as eleições, vai privatizar a Petrobras.
Além disso, o político alegou que vai criar um fundo de compensação para diminuir a pressão internacional sobre o preço dos combustíveis no Brasil.
“A Petrobras será privatizada, numa modelagem bem-feita e bem construída. Isso não significa dizer que a Petrobras é incompetente ou é corrupta. Já foi, em um passado não muito distante, no governo Lula [PT]. Mas eu não faço essa observação neste momento”, declarou o tucano.
Ele também disse que “não faz mais sentido o Brasil ter um monopólio do petróleo com uma estatal”. O tucano acrescentou que a ideia é “colocá-la no mercado não para termos um monopólio privado, mas uma empresa que, nessa modelagem, provavelmente, vai gerar três ou quatro empresas”.
O governador de São Paulo acrescentou que o programa de privatização da Petrobras “deve ser iniciado com a privatização das refinarias para que haja competição e a competição possa permitir preços mais adequados e não um monopólio, como acontece hoje”.
A respeito da política de preços da empresa, Doria contou que, se eleito, irá seguir a proposta do economista Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e atual secretário estadual da Fazenda e Planejamento de São Paulo.
“A tese proposta pelo Henrique Meirelles é compor um fundo de compensação de uma Petrobras privatizada para que esse fundo de compensação sirva de colchão para evitar os impactos que os preços do petróleo no plano internacional possam determinar aqui no Brasil e sejam imediatamente transferidos para o preço dos combustíveis, notadamente o diesel e o botijão de gás”, explicou o tucano.