O deputado Arilson Chiorato (PT) entrou com um pedido na terça-feira (30), na Polícia Federal (PF) e no Ministério da Justiça e Segurança Pública pedindo informações sobre a “Abin paralela”, que atuou de forma ilegal para obter informações.
O pedido visa averiguar se cidadãos e autoridades paranaenses foram monitoradas ilegalmente. Também pediu acesso a processos sobre contratação ou utilização do software de escutas ou geolocalização chamado “FirstMile”, que já teve uso comprovado no Estado do Paraná.
-LEIA MAIS: Aprovação do governo Lula vai a 49% em janeiro de 2024, aponta pesquisa do PoderData
O pedido, de acordo com o deputado, faz jus diante das informações amplamente divulgadas com os desdobramentos das operações denominadas “Primeira Linha” e "Vigilância Aproximada". “Não podemos nos esquecer que o Governo do Paraná contratou a empresa Suntech, atual “Cognyte”, em 03/12/2019, para o fornecimento do programa “FirstMile”, considerado um sistema que, dentre outras coisas, monitora a localização de celulares”, pontua.
Neste sentido, o parlamentar, argumenta que o Governo do Estado construiu uma estrutura de “inteligência” fora da estrutura da segurança pública, com a criação de uma "Diretoria de Inteligência e Informações Estratégicas (DIIE)" no âmbito da Controladoria-Geral do Estado (CGE), que é investigada pelo uso do software “FirstMile”
“Não podemos permitir o aparelhamento ilegal do estado para agir contra seus cidadãos, porque é vergonhoso, imoral e vai contra os princípios democráticos, uma vez que sabemos que foi feito uso político das informações”, pontua.